AVIAÇÃO

Com concessão, Aeroporto de São José quer dois voos por dia, hub de carga e carro aéreo

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Aeroporto de São José dos Campos foi concedido à iniciativa privada por 30 anos
Aeroporto de São José dos Campos foi concedido à iniciativa privada por 30 anos

Sem voos comerciais desde o início da pandemia do coronavírus, o Aeroporto de São José dos Campos inaugura nova etapa com a concessão para a iniciativa privada.

A partir de 1º de novembro de 2022, o espaço passou a ser administrado pela empresa Aeroporto de São José dos Campos Ltda – SJK Airport. A cerimônia de transferência da gestão ocorreu na última terça-feira (8). A concessão é de 30 anos com previsão de investimentos de até R$ 130 milhões.

No geral, o objetivo é otimizar o uso do terminal com a retomada e ampliação de voos regulares de carga e passageiros.

“Agora é trabalhar para oferecer voos para a população. Planejamos transformar esse aeroporto em um hub internacional de logística de cargas. Queremos fazer desse aeroporto uma alavanca para novo ciclo de desenvolvimento de São José e região”, disse Eduardo Azevedo do Vale, presidente do Conselho Administrativo do Grupo Aeroparts.

Mesmo com uma pista considerada grande (pode chegar a 3.000 metros) e boa infraestrutura aeroportuária, o aeroporto de São José está sem voos comerciais desde março de 2020.

Hoje são apenas voos do aeroclube, de ensaio, de recebimento e despacho de aeronaves pela Embraer, voos militares do DCTA e voos da aviação geral e executiva, com aviões e helicópteros.

Mas os planos da nova operadora partem do binômio de passageiro e carga e são ousados, como explicou Potiguara Campos, diretor geral do Aeroporto de São José dos Campos – SJK Airport.

“Sabemos que existe uma demanda reprimida de voos de passageiros, principalmente para Brasília, Belo Horizonte e Nordeste. Vamos buscar essas parcerias com as principais empresas aéreas, como Latam, Gol e Azul, com a meta de colocar aeronaves aqui, pelo duas por dia, de maneira que haja ocupação das aeronaves e o preço da tarifa seja vantajoso”, afirmou o executivo.

Para as cargas, meta é trazer aeronaves cargueiras para operar no aeroporto, no curto e médio prazo. No longo, mira-se a expansão da área construída para usar como modelo do chamado ‘aeroporto-indústria’, com empresas de manutenção, aeroespacial, ciência e tecnologia.

“Estamos numa posição privilegiada com intermodais, com a Rodovia dos Tamoios, o aeroporto e o Porto de São Sebastião”, disse Campos.

Para tanto, segundo ele, será necessário aumentar o pátio para aeronaves, que hoje pode receber três aviões. “Vamos passar a carga para outro pátio e ficar só com passageiros”.

Além disso, aeroporto quer aproveitar as características únicas de estar ao lado da Embraer e do DCTA para atrair operadoras e empresas.

“Não existe um modelo a ser seguido, porque São José é único. Pista grande e o aeroporto com bastante infraestrutura. Temos segmento industrial e militar. Nada se assemelha a isso. Grandes hubs de carga no país são Viracopos (Campinas), Guarulhos, Galeão, Manaus e Recife, e nenhum deles têm essa formação que temos”, afirmou Campos.

Segundo ele, a meta é elevar a atual capacidade instalada para até 80 mil passageiros por mês para 200 mil passageiros. “É a nossa intenção, considerando que o aeroporto atende todo o Vale do Paraíba”.

Comentários

2 Comentários

  • Eberhard Jabornegg 15/11/2022
    Era passageiro regular para o SDumont. Voltaria a voar constantemente a negocios
  • Luiz Siqueira 13/11/2022
    Esse aeroporto tem o nome de Professor Urbano Ernesto Stumpf, e deve ser mantido.