Bolsonaro foi um mau presidente. Em primeiro lugar, por em momento algum ter descido do palanque. Nesses quatro anos, não se preocupou em governar. Emendou a campanha de 2018 na de 2022.

Em segundo lugar, por ter se mostrado um péssimo gestor. Não criou nenhum programa ou alternativa para resolver os principais problemas do país.

Teve uma atuação para lá de irresponsável no enfrentamento da pandemia. Fracassou na economia. Empilhou incompetentes na educação. Promoveu desmontes no meio ambiente. Teve descaso com a ciência.

Fez incessantes ataques à democracia. E, em terceiro lugar, por insistir na divisão do Brasil. “As leis existem, no meu entender, para proteger as maiorias. As minorias têm que se adequar”, disse ele, em julho desse ano.

Bolsonaro foi um mau perdedor. Desde a redemocratização do Brasil, ele foi o primeiro presidente a não reconhecer o resultado da eleição imediatamente após o término da apuração. Usou o silêncio para turbinar atos golpistas e manifestações antidemocráticas de seus apoiadores. Dois dias depois, quando falou, sequer citou o nome de seu adversário no segundo turno.

Lula foi um bom vencedor. Em seu primeiro discurso após ser eleito, prometeu governar para todos os brasileiros - os que votaram nele e os que não votaram. “Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação”. Disse que não interessa a ninguém “viver num país dividido”.

Lula será um bom presidente? É o desejo de todos que torcem pelo bem do país. Que cumpra o que prometeu e que ajude a construir um país mais justo e próspero, para todos, sem repetir os erros do passado. Cumprindo o seu papel democrático, OVALE continuará vigilante. Sempre.