REGULAMENTAÇÃO

Nova resolução já em vigor determina regras para aplicação de insulfilm em veículos

Por Gabriele Maciel | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação

O insulfilm, película redutora de luminosidade fixada em vidros de veículos, teve regularização atualizada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) neste semestre, e empresas do Vale do Paraíba que aplicam o filtro já sentem os impactos positivos na demanda por renovação do acessório, considerado de segurança contra roubos e raios nocivos do sol.

Além de alterações em índices de transparência, a Resolução 60/2022 revisa multa e uso ou conservação da película.

Só neste ano, o Detran SP (Departamento de Trânsito de São Paulo) aplicou 4.187 notificações por carros com vidros total ou parcialmente cobertos por películas, painéis ou pinturas inadequados.

Agora, motoristas flagrados com irregularidades cometem infração grave, podendo ser multados em R$ 195,23 e cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), com risco de retenção do veículo.

Com isso, a busca por troca de películas nas oficinas aumenta. Bruno Reis, gerente de loja especializada na zona sul de São José dos Campos, garante: "O aumento na procura pelo serviço já chega a 30%".

Luís Fernando de Oliveira, dono de loja do setor em Taubaté, pontua uma tendência. "Muitos clientes chegam com o intuito de trocar só a parte danificada do insulfilm."

O preço do serviço completo varia conforme o porte do veículo, mas a média para carros populares gira em torno de R$ 300, na região.

"A nova resolução unifica regras sobre vidros automotivos para dar mais segurança a motoristas", reforça Antônio José Dias Júnior, presidente da Comissão Especial de Direito de Trânsito da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Taubaté.

O QUE VALE.
Na nova regra, o índice mínimo de transmitância luminosa (luz que atravessa a barreira) de qualquer coloração de membrana é de 70% para vidros de para-brisas e áreas de dirigibilidade; antes, incolores ficavam em 75%.

Nos demais, a transparência não pode ser inferior a 28%.

Dias Júnior acrescenta que todos os vidros com insulfilm devem apresentar marca indicando a chancela do índice. "Caso não tenham a marca d'água, o policial pode usar medidor específico para verificar o padrão." Outra regra é a proibição de bolhas de ar nas membranas de vidros da área de visão do motorista, incluindo laterais. A presença delas, como alterações de cor, demonstram fim da vida útil do acessório. De acordo com especialistas, a troca é a cada 3 anos, em média.

Películas espelhadas e opacas estão proibidas, e painéis luminosos só podem ser usados em transporte coletivo de passageiros (excluindo Uber e táxi). Blindados e máquinas agrícolas estão isentos da lei para transparências.

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