SAÚDE

Novo tratamento para o AVC reduz sequelas após a doença

Por Sheila Martins | 05/11/2022 | Tempo de leitura: 1 min
Médica neurologista, presidente eleita da World Stroke Organization (WSO)

Reconhecer a importância do tempo é primordial em saúde. No caso do AVC (Acidente Vascular Cerebral), uma das doenças mais debilitantes e principal causa de óbito do mundo, o tempo é realmente um decisor.

Não é necessário apenas reconhecermos os sintomas do AVC em tempo hábil para controlar as consequências, mas optar pelo tratamento adequado o mais breve possível. Estamos falando de uma alteração súbita no fluxo sanguíneo no cérebro, condição grave que pode resultar na falta de circulação na região (AVC Isquêmico) ou ruptura de um vaso (AVC hemorrágico). 

O Governo anunciou que fará a incorporação de uma tecnologia para tratar o AVCi (AVC Isquêmico), tipo mais frequente da doença. Minimamente invasiva, a TM (Trombectomia Mecânica) complementa a trombólise, única opção disponível na rede pública de saúde, e nem sempre eficiente para casos mais graves do AVCi.

O país conta com 88 centros especializados no tratamento do AVC habilitados pelo Ministério da Saúde, mas nem todos tem estrutura para realizar a TM. Ela será introduzida aos poucos, já que é necessário treinamento, qualificação técnica de profissionais habilitados, além da disponibilidade de hemodinâmica no hospital. Aprovada em dez./2021, mas ainda não disponibilizada no SUS, a Trombectomia Mecânica consiste na desobstrução da artéria cerebral realizada por um cateter que leva um stent ou um sistema de aspiração para remover o coágulo.

Mudar o cenário do AVC está em nossas mãos. O caminho é estimular a educação da sociedade. Vamos aprender mais sobre a doença para vencê-la.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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