EDITORIAL

Viva a democracia viva

31/10/2022 | Tempo de leitura: 2 min
Editorial

Nesse domingo, 156,4 milhões de brasileiros têm um compromisso com a democracia. Das 8h às 17h, no horário de Brasília, esses eleitores vão às urnas para definir presidente e governadores de 12 estados. Uma escolha que valerá pelos próximos quatro anos.

Devido à agilidade do nosso processo eleitoral, que tem como fator determinante as urnas eletrônicas desenvolvidas na década de 1990 por pesquisadores de instituições com sede em São José dos Campos - o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) -, já na noite de domingo saberemos quem irá comandar o país de 2023 a 2026. E, também, quem irá governar, pelo mesmo período, os estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e também São Paulo.

Em tempos de ameaças golpistas e ataques contra a democracia, é importante reforçar: a eleição acaba domingo. E o resultado, seja qual for, precisa ser respeitado. O Brasil não pode virar uma República das Bananas.

Pesquisa feita esse mês pelo Datafolha mostrou que oito em cada dez eleitores brasileiros (79%) avaliam que a democracia é sempre a melhor forma de governo (eram 75% em agosto). Esse percentual é o mais alto da série histórica, iniciada em 1989 pelo instituto. E a forma mais direta de exercer a democracia é justamente o voto. E respeitar esse voto é respeitar o apoio dos brasileiros à democracia.

Nos últimos dias, em meio às pesquisas que mostram o ex-presidente Lula na liderança, o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados deram mais passos em direção a um cenário nebuloso, dando novos indícios de que uma eventual derrota nas urnas não será reconhecida.

Esse caminho é extremamente perigoso. O mundo inteiro viu o que aconteceu nos Estados Unidos em janeiro de 2021, após Donald Trump não reconhecer a derrota nas urnas e fazer falsas acusações de fraude eleitoral. Cinco pessoas morreram e 140 policiais ficaram feridos após o Capitólio ser invadido.

A quem interessaria uma versão brasileira desse circo de horrores? O país apoia a democracia. Não há espaço aqui para um terceiro turno..

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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