LEILA PAES

Crianças seguras

Por Leila Paes | Pastora e Psicóloga
| Tempo de leitura: 2 min
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Crianças seguras
Crianças seguras

Felizes são todos os dias, pela presença das crianças tão preciosas, por seus olhos tão abençoados que veem o mundo todo com tanta simplicidade e bondade! A presença de cada uma delas é um presente do Céu para o mundo, e contém inúmeras possibilidades de benção, de realizações incríveis, de crescimento para tantos!

Nós, adultos, ao recebermos esses pacotes de tudo de bom, podemos nos lembrar de premissas importantes para trazer mais segurança no desenvolvimento de cada uma delas.

A primeira é que criança precisa viver sua fase como criança, sendo criança completamente, e nunca ser levada a agir como um mini-adulto. Nós, os que são mesmo adultos, não podemos querer que uma criança tenha um comportamento de adulto, um vocabulário de adulto, uma vontade de adulto. Não podemos ter conversas de adulto com pessoas que ainda não tem repertório de adulto. Vejo pais tratando crianças como se elas tivessem já toda a formação necessária para tomar decisões e fazer escolhas, ao invés de guia-las seguramente em sua formação.

As crianças precisam de orientação segura sobre cada detalhe da vida. Desde o início de seus dias, elas vão aprender e absorver do mundo adulto de detalhes como o que se come, sobre como se reage à vida, sobre tomar conhecimento sobre insetos, sobre roupas, até sobre como se vive. Nós, os adultos, precisamos lembrar que as crianças estão em formação, e assim, nosso relacionamento com elas é um relacionamento para formação, e não para obtenção de resultados – os quais virão, mas na hora certa! Para que uma criança se sinta segura e cresça com segurança, sempre olharemos para ela como um individuo em crescimento e faremos a nossa parte em fornecer o que ela precisa para essa formação, e desse modo nos preocuparemos em ensinar, verdadeiramente, cada detalhe da vida.

Uma segunda premissa é que todos nós podemos nos mobilizar para a proteção da infância. Uma das maneiras de fornecer essa proteção é evitar a exposição precoce das nossas crianças a conteúdos adultos, sexualizantes, emocionalmente complexos, permitindo um desenvolvimento emocional e social coerente com a idade. Certos livros, certos filmes, certas séries oferecidas nos streamings, por exemplo, entre tantas outras coisas e situações, simplesmente arrombam portas ainda não maduras, que não estão prontas para serem abertas. O resultado de se colher do pé uma fruta verde é a não realização completa da potencialidade daquela fruta – essa é a realidade crua. A proteção do desenvolvimento infantil é responsabilidade dos adultos, e a sociedade pode e deve realizar essa obrigação com consciência e seriedade.

As Escrituras nos mostram que Jesus “tomou as crianças nos braços, impôs-lhes as mãos e as abençoou” (Evangelho de Marcos 10:16). Essa atitude de cuidado, de abençoar, de proteger contribuirá em imenso para o desenvolvimento sadio de um ser valioso entregue a nós como prova de esperança na humanidade.

Comentários

1 Comentários

  • Marcelo 17/10/2022
    Parabéns pelo texto. Sugestão: poderia haver uma divisão no portal com todos os textos já publicados pelos articulistas, para termos uma hemeroteca pesquisável.