Leila Paes

Setembro e Suicídio

Por Leila Paes, pastora e psicóloga | 01/09/2022 | Tempo de leitura: 2 min

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Leila Paes

Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio: uma em cada 100 mortes, noticiou a Organização Pan Americana de Saúde. Ela indicou também que os números estão crescendo na América, em contraposição com outras partes do mundo. A Depressão, também em crescente, é um dos fatores de risco mais acentuados para o suicídio, juntamente com perdas de grande importância e a perda de laços com outro significativo, entre outros.

Suicídio é um recurso ultimo cuja intenção é prover uma solução para uma dor pessoal intensa e para a qual não se vê nenhum tipo de solução, define Shea. Já foi dito várias vezes que o suicida não quer morrer, mas quer terminar com seu sofrimento intenso e sem aparente solução.

Podemos tomar algumas ações para prevenir esse ato extremo, com solidariedade e atenção ao que sofre.

Primeiramente, é preciso validar a vivência de desespero, tristeza e sofrimento emocional. Não vamos diminuir a experiência que para aquele individuo é difícil, mas vamos ouvir e acolher com compaixão e abraço. Nunca diminuiremos o que o outro sente e verbaliza.

Algo que não se pode deixar de lado é o desenvolver de estratégias de relaxamento que possam tranquilizar no seu dia-a-dia e em situações de crise – alongamentos, respiração mais profunda, “soltar” os músculos, descansar – nada disso é dispensável!

Caminhando com as pessoas, precisamos trabalhar um modo de olhar para os problemas nos atentando aos fatos, procurando isolar emoções e sentimentos intencionalmente, e então decompor o problema em partes pequenas para que possam ser trabalhadas separadamente, ajudando a nós mesmos e aos outros a ver os enormes obstáculos sendo divididos em partes menores, conquistáveis.

Juntamente com o que sofre, em conversas cheias de respeito, vamos encontrar novas formas de lidar com os problemas: explorar e criar alternativas de solução que possam existir, aos poucos e com persistência.

Também vamos trabalhar para desenvolver formas eficazes e adaptativas de comunicar os problemas que vivenciamos aos outros; o silêncio muitas vezes é danoso. Só precisamos achar o lugar certo para falar, conversar e desabafar.

Outra atitude de ajuda será promover o sentimento de controle e eficácia pessoal, através de companheirismo e mentoria. Precisamos ajudar as pessoas a tomarem o leme de suas vidas, devagar e com constância.

A ajuda profissional deverá ser buscada, sem receios e com empenho, tanto de médicos como de psicólogos e outros.

Finalmente, faz muita diferença promover a colocação de cenários futuros mais satisfatórios, falando de algo que traga esperança, ajudando o próximo, fazendo algo bom e promovendo os pequenos passos da jornada, um passo de cada vez. Nos apegamos a Deus, olhamos para Ele e Ele segura o nosso coração, seja o que for, venha o que vier. Nesse setembro que o amarelo seja o sol raiando um bom novo dia para nosso viver.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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