Imagine se pudéssemos conversar sobre os assuntos da vida, do país, do cotidiano, sem emburrar, sem exaltar os ânimos, sem “ficar de mal”, sem embrutecer? Se tem uma coisa que anda me incomodando nesses últimos tempos é ter gente que prefere perder amigos por causa de fatos, situações ou causas ao invés de manter um bom diálogo onde pode-se discordar em paz.
Será que perdemos a capacidade de conversar ouvindo opiniões dissonantes e ainda assim manter um convívio bom e abençoado? Será que uma pessoa só é “legal” se concorda completamente, totalmente e absolutamente com tudo que eu penso, acho e escolho?
Estou com saudade da humanidade que conversa, explica opiniões, respeita, mostra lados, e sorri com paz para alguém que prefere o amarelo mesmo que você seja apaixonado pelo verde. Um dia a gente poderia não ficar desconfiado e amargurado com uma pessoa que tem uma ideia diferente da nossa, que tal?
Essa é uma época em que a conciliação, a reconciliação e a pacificação tem sido tão necessárias. Como podemos fazer isso se tornar um pouco mais presente do que distante?
Escutar muito e fazer perguntas com genuíno interesse poderia ser algo com mais espaço entre nós. Poderíamos escutar o dobro, ou o triplo do que falamos, poderíamos fazer muitas e muitas perguntas antes de acreditar que com os poucos indícios que temos podemos saber de alguma coisa. Não é verdade que temos a tendência de emitir julgamentos de posse de pouca informação? Apenas olhamos e já dizemos que é isso ou aquilo. E muitas vezes falamos do que não sabemos. E ai a briga vem, corta relacionamentos, interfere em amizades, amargura corações e impede tanta coisa...
As Escrituras Sagradas falam que podemos fazer diferente, dizendo que “o amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha”. (1 Coríntios 13:4). Esse é o convite do Pai, que saibamos amar assim...
Hoje quero escutar mais, quero sorrir mais, quero abraçar mais, e conversar maduramente sem brigar. Vamos?