A expectativa de uma paralisação nacional dos caminhoneiros voltou a ganhar fôlego nas redes sociais nesta quinta-feira (04), mas o cenário sugerido pelos boatos não saiu do campo virtual. Diferentemente do que se especulava, o País registrou um amanhecer tranquilo, sem interrupções no fluxo de veículos e sem sinais de mobilização coordenada nas estradas.
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Relatórios da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e de entidades representativas do setor apontaram que rodovias estaduais e federais permaneceram totalmente liberadas ao longo do dia. Motoristas mantiveram a rotina de trabalho, reforçando que o fim de ano é período de alta demanda no transporte de cargas — o que naturalmente afasta movimentos de paralisação. Segundo um caminhoneiro, contratos ativos e o aumento de importações tornam inviável interromper atividades nesta época.
Enquanto isso, nos bastidores de Brasília, interlocutores afirmam que o governo atuou de forma silenciosa para impedir que os rumores ganhassem tração. A estratégia teria sido evitar declarações que pudessem inflar o assunto e, ao mesmo tempo, reforçar publicamente resultados recentes da gestão para reduzir ruídos e desmobilizar eventuais articulações.
A ausência de liderança nacional e de coordenação entre grupos do setor também contribuiu para o rápido esvaziamento da pauta. Sem organização unificada, os boatos perderam força ao longo do dia, trazendo alívio ao Palácio do Planalto em um momento politicamente sensível.