
O vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), afirmou nesta quinta-feira (15) que não houve dispersão irregular dos dependentes químicos que ocupavam a região da cracolândia. Segundo Ramuth, a maior parte do grupo foi acolhida em hospitais, comunidades terapêuticas e no Programa Operação Trabalho, o que tornou “desinteressante” para o tráfico manter a concentração na área central.
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Em entrevista à GloboNews, Ramuth explicou que, desde 2023, o fluxo na Cracolândia caiu de cerca de 2 mil para entre 60 e 80 pessoas, reflexo das ações combinadas de saúde pública e segurança. “Hoje, 1.200 usuários estão internados em hospitais e comunidades terapêuticas, e outros 900 recebem R$ 900 mensais para trabalhar em serviços da prefeitura”, disse o vice-governador, sem detalhar as fontes desses números.
Ramuth também negou relatos de grupos se deslocando para outras regiões da cidade. “O que se vê são moradores de rua, mais de 30 mil na capital, em locais como a praça Marechal Teodoro, onde já estavam antes da nossa intervenção”, declarou. Segundo ele, o fechamento de pensões e ferros-velhos vinculados ao crime, o treinamento de policiais e a intensificação da Guarda Civil Municipal ajudaram a desmobilizar o alto escalão do tráfico na cracolândia.
O Ministério Público de São Paulo considera “esperada” a redução de fluxo na região após operações integradas iniciadas em agosto de 2024, segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Agora, o governo estadual anuncia novas ações para identificar e fechar estabelecimentos usados como pontos de distribuição de entorpecentes, amparado por decreto municipal que agiliza intervenções.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que ainda não sabe para onde foram a maioria dos dependentes, mas acompanhou a diminuição gradual no número de pessoas na cracolândia. Ele mencionou o programa de internações voluntárias e o retorno de alguns para seus estados de origem.
*Com informações da Folhapress
Comentários
1 Comentários
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Alessandro de Lima Mendes 15/05/2025Por coincidência também, em São José que não existia usuários de crack hoje surgiram aos montes, atiram até pedras em Kombi da Assistência Social, coisa que há 2 anos atrás não acontecia. Só uma coincidência mesmo, todo mundo sabe.