Casos de ataques envolvendo cães têm se tornado comuns em Franca. Somente na última semana, dois episódios foram registrados com intervalo de apenas dois dias. Um deles ocorreu na Vila Exposição e o outro no Jardim Flórida. Os animais eram de grande porte e estavam soltos na via pública ou se soltaram durante passeios com os tutores.
O portal GCN/Sampi conversou com a adestradora de animais Alyne Reinaldi, que explicou quais atitudes podem ajudar a evitar ataques e como agir em situações de briga entre cães e até mesmo ataques a pessoas, sempre priorizando a segurança de todos os envolvidos.
Alyne foi direta ao apontar medidas básicas, mas essenciais. “O básico, bem-feito, nunca falha. Sair sempre com o cachorro na guia, nunca deixar o animal solto na rua. Se o cão for mais reativo, acostumá-lo a usar focinheira. Isso não machuca o animal e ainda protege outros cães e as pessoas que circulam pela cidade”, orientou.
A adestradora também explicou que muitos tutores, por falta de informação, acabam adotando atitudes que não resolvem quando uma briga ou ataque acontece e ainda aumentam o risco de ferimentos. “Muita gente tenta jogar pau, pedra, puxar ou bater no cachorro. Na maioria das vezes, isso não separa a briga. Quando o cão entra em ataque, ele age por instinto e não responde a comandos”, explicou.
Segundo Alyne, a forma mais eficaz de interromper uma briga é interromper a respiração do animal de forma mecânica, quando possível e com extremo cuidado.
“O que realmente segura um cachorro é a asfixia mecânica. Se ele estiver de coleira, dá para trabalhar isso. Se não, use um cinto ou um cadarço, sempre protegendo as mãos. Se não, vai precisar tentar com as mãos, mas como última alternativa e com muito cuidado”.
Se a técnica se aplica apenas a cães de grande porte, a especialista reforça que o comportamento agressivo não depende do tamanho do animal.
“Serve para qualquer porte. Cachorro não brinca de ser cachorro. Ele come e morde com a boca. Um cão de grande porte, principalmente, pode arrastar uma criança pequena com facilidade. A guia pode escapar da mão, o animal correr, e as tragédias acontecerem. Infelizmente, muitos desses casos são resultado de negligência dos tutores e, em alguns casos, dos próprios pais”.
Alyne reforçou que a responsabilidade é sempre do tutor e que o uso de guia, focinheira quando necessário e supervisão constante são medidas simples que podem evitar acidentes graves.
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