SAÚDE

Excesso de álcool nas festas de fim de ano acende alerta

Por Redação | Hospital São Vicente
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / HSV
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer consequências significativas para a saúde
Consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer consequências significativas para a saúde

As festas de final de ano são tradicionalmente marcadas por encontros, celebrações e brindes. No entanto, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas nesse período pode trazer consequências significativas para a saúde, tendo a ressaca como um dos primeiros sinais de alerta do organismo. Para orientar a população sobre como aproveitar as confraternizações com mais segurança, a coordenadora de Clínica Médica do Pronto-Socorro do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Caroline Moreno, compartilha orientações e cuidados importantes.

“Quando o álcool é ingerido em excesso, diversos sistemas do corpo são impactados. No sistema nervoso central, os efeitos incluem sonolência, dores de cabeça, tontura e diminuição dos reflexos. Já o fígado, órgão responsável por metabolizar o álcool, entra em sobrecarga ao tentar processar grandes quantidades da substância, o que pode resultar em náuseas, vômitos e sensação intensa de mal-estar”, conta a profissional.

Outro fator determinante para o surgimento da ressaca é a desidratação. O álcool possui efeito diurético, ou seja, aumenta a eliminação de líquidos pela urina. Esse processo reduz a hidratação do organismo, eleva a viscosidade do sangue e, associado aos metabólitos produzidos pelo fígado durante a metabolização do álcool, intensifica os sintomas no dia seguinte.

Entre os principais sinais da ressaca estão dores de cabeça, náuseas, vômitos, sede intensa, fadiga, irritabilidade e tontura. Esses sintomas indicam que o corpo está sob estresse e em processo inflamatório, tentando se recuperar de uma exposição considerada excessiva.

“Não existe uma quantidade de álcool totalmente segura e isenta de riscos. Os efeitos variam de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como peso, sexo, velocidade do consumo, se houve alimentação prévia e o uso concomitante de medicamentos. Por isso, mesmo quantidades que parecem pequenas podem provocar reações importantes em algumas pessoas”, explica Dra. Caroline.

A médica alerta ainda que a ressaca não deve ser encarada como algo banal. “Ela funciona como um sinal precoce de alerta do organismo, indicando exposição ao álcool em níveis potencialmente perigosos. Quando frequente, o consumo excessivo pode aumentar o risco de doenças relacionadas ao fígado, alterações neurocognitivas e problemas cardiovasculares”, ressalta.

Após exagerar na bebida, alguns cuidados imediatos ajudam na recuperação. A ingestão lenta e frequente de líquidos, principalmente água, é fundamental para combater a desidratação. O descanso e a recuperação do sono também são essenciais. Em alguns casos, analgésicos simples podem ser utilizados, desde que com orientação adequada.

Por outro lado, algumas práticas devem ser evitadas. Não é recomendado misturar mais álcool na tentativa de “amenizar” os sintomas, pois isso prolonga a intoxicação. O uso de chás, anti-inflamatórios ou outros medicamentos sem orientação médica também pode agravar o quadro e sobrecarregar ainda mais o fígado.

Nas festas de fim de ano, o equilíbrio é a principal forma de prevenção. Alternar bebidas alcoólicas com água, alimentar-se adequadamente e respeitar os limites do próprio corpo são atitudes simples que ajudam a garantir que as comemorações terminem bem e com saúde.

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