O empresário do setor coureiro-calçadista Marcos Eurípedes Cervi, de 86 anos, morreu nesta segunda-feira, 22, no Hospital do Coração, em Franca.
De acordo com a família, o empresário enfrentava problemas de saúde nos últimos meses, com agravamento do quadro renal, passando por sessões de hemodiálise, mas não resistiu às complicações. Ele estava internado há 13 dias.
Segundo o filho Edson Cervi, o pai foi um dos pioneiros da atividade nos anos áureos dos curtumes, especialmente entre as décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980.
Filho de Januário Cervi e Teresa Agostini Cervi, Marcos esteve entre os principais fabricantes e exportadores de couro do município, em um período em que os curtumes ainda estavam instalados na região central da cidade.
Marcos foi proprietário do Curtume União, empresa que administrou ao lado das irmãs Nicinha Cervi, viúva de Riad Salloum, e Lúcia Cervi. Sua atuação contribuiu de forma decisiva para a consolidação de Franca como um dos principais polos coureiro-calçadistas do país.
Edson Cervi destacou que o pai deixou um legado técnico importante para o setor, tendo desenvolvido tipos de couro que seguem sendo utilizados até hoje pela indústria calçadista francana. "Quem viveu os anos 60 sabia da importância dos curtumes na época", ressaltou.
Marcos deixa os filhos Marcos Cervi Jr., químico; Tereza Cristina Cervi, professora de História; Edson Cervi, empresário, exportador e perito forense; e Ana Paula Cervi, psicóloga.
O velório será realizado nesta terça-feira, 23, no Velório São Vicente, das 7h30 às 13h, e o sepultamento ocorrerá no Cemitério da Saudade.
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