TECNOLOGIA

Cuidado com promoções 'boas demais': O golpe vem no desconto


| Tempo de leitura: 2 min

O período de festas e início de ano é tradicionalmente marcado por promoções, liquidações relâmpago e ofertas aparentemente imperdíveis. Ao mesmo tempo em que consumidores buscam economizar, criminosos digitais intensificam suas estratégias para explorar a pressa, o volume de compras e o aumento da circulação de dinheiro. A oferta perfeita, muitas vezes, é o primeiro sinal de um crime digital bem estruturado.

Como os golpes se apresentam

As fraudes nesse período assumem diversas formas: sites falsos que imitam grandes varejistas, perfis clonados em redes sociais, anúncios patrocinados fraudulentos e links enviados por WhatsApp ou e-mail. A aparência profissional, aliada a preços muito abaixo do mercado e à sensação de urgência, leva o consumidor a agir sem a devida verificação, facilitando fraudes financeiras e o roubo de dados pessoais.

Por que essa época é tão explorada?

Datas comemorativas criam um ambiente propício para ataques digitais. Há maior volume de transações, menor atenção aos detalhes e confiança excessiva em links e mensagens. Além disso, criminosos se aproveitam de dados vazados ao longo do ano para personalizar abordagens, aumentando a credibilidade do golpe e a chance de sucesso.

O papel dos dados pessoais

Muitos golpes não se limitam à perda financeira imediata. Ao realizar um cadastro em ambiente falso ou efetuar uma compra em site fraudulento, o consumidor entrega informações como nome, CPF, telefone e dados bancários. Esses dados passam a integrar bases ilícitas, podendo ser reutilizados em outros crimes, como abertura de contas, pedidos de crédito ou golpes futuros.

Responsabilidade das plataformas

Marketplaces, redes sociais e intermediadores de pagamento desempenham papel central nesse cenário. Anúncios fraudulentos, perfis falsos e lojas inexistentes circulam com facilidade. Do ponto de vista do Direito Digital, cresce o debate sobre o dever de vigilância, a responsabilização por falhas de segurança e a aplicação do Código de Defesa do Consumidor e da LGPD nesses casos.

Como reduzir os riscos

A prevenção passa por atitudes simples, mas essenciais: desconfiar de preços irreais, verificar a URL dos sites, evitar links recebidos por mensagens, conferir avaliações e exigir transparência no tratamento de dados. Empresas, por sua vez, devem investir em segurança da informação, monitoramento ativo e respostas rápidas a denúncias.

Consumo consciente também é proteção

Nesse período, proteger-se digitalmente é parte do planejamento das compras. A cautela evita prejuízos financeiros e a exposição indevida de dados pessoais, permitindo que o Natal seja vivido com mais tranquilidade, segurança e confiança.

Se eventualmente for vítima, registre a ocorrência, acione a instituição bancária, ou conteste a compra no cartão para tentar reverter o prejuízo, se não conseguir resolver, procure um profissional especializado da sua confiança para orientá-lo.

Aproveito para desejar a todos um Feliz Natal, com compras seguras, dados protegidos e um fim de ano mais consciente no ambiente digital.

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