SAUDADE ETERNA

'Meu filho agora não é mais meu, é de Deus', diz mãe de francano

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
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Keit Juliane da Silva Oliveira, mãe de Leandro Mendes de Oliveira
Keit Juliane da Silva Oliveira, mãe de Leandro Mendes de Oliveira

"Meu filho agora não é mais meu, é de Deus.” A frase, narrada em meio à dor, resume o sentimento de Keit Juliane da Silva Oliveira, de 34 anos, mãe de Leandro Mendes de Oliveira, de 20 anos, que morreu na última terça-feira, 16, após 19 dias internado na Santa Casa de Franca.

Leandro era o filho mais velho e deixou um menino de apenas 3 anos, a quem, segundo a mãe, amava incondicionalmente. “Ele daria a vida pelo filho. Qual mãe ou pai não faria isso?! Eu, se fosse possível, teria trocado a minha vida pela dele”, desabafou Keit.

O jovem se envolveu em um grave acidente de moto no dia 27 de novembro, no Distrito Industrial, na região Oeste da cidade, quando perdeu o controle da direção e bateu contra um muro. Socorrido em estado grave, permaneceu internado por quase três semanas, enquanto familiares e amigos se uniam em correntes de oração e mobilizações nas redes sociais em busca de uma vaga em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Morador do bairro Conceição Leite, Leandro trabalhava como colorista em uma casa de tintas e era conhecido pelo jeito simples, trabalhador e pelo coração generoso. “Ele queria conquistar tudo sozinho, sem passar por cima de ninguém. Tinha acabado de comprar um carro e estava muito feliz, dizia para todo mundo que era a conquista dele”, lembrou a mãe.

Segundo Keit, Leandro era o tipo de pessoa que deixava marcas por onde passava. "Onde ele chegava, fazia amigos. Valorizava muito a família e os amigos. Quando alguém precisava, ele estava ali, não financeiramente, mas com apoio, com presença."

Mesmo em meio à dor da perda, a família tomou uma decisão que transformou o luto em gesto de amor ao próximo. Após a morte de Leandro, foi autorizada a doação dos rins. A equipe captadora do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto esteve na Santa Casa de Franca para realizar o procedimento, oferecendo uma nova chance de vida a outras pessoas.

"Ele foi uma pessoa maravilhosa que Deus me emprestou por 20 anos e que eu tive que devolver. A falta é enorme, a dor é imensa, mas fica a esperança de que um dia iremos nos encontrar novamente", finalizou a mãe.

O corpo do jovem foi sepultado na última quinta-feira, 18, no Cemitério Jardim das Oliveiras.

Leia mais: Jovem que bateu em muro morre após 19 dias internado em Franca

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