CURIOSIDADES

201 anos que fizeram do comércio de Franca uma potência nacional

Por Jordy Silva | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Arquivo/GCN
Calçadão da rua Voluntários da Franca: comércio pujante
Calçadão da rua Voluntários da Franca: comércio pujante

Segundo dados oficiais da Receita Federal e da IE-Acif, a Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca), fundada em 10 de fevereiro de 1945, é o CNPJ mais antigo atualmente ativo em Franca. Na lista, aparecem ainda nomes tradicionais como Curtume Francouro (1958), Rochfer (1961), Fundação Espírita Judas Iscariotes (1962), MSM, Agabê, Calçados Francano, Amazonas, Comercial São Sebastião e Dorama - todos de 1966. Pode haver empresas mais antigas que mudaram de CNPJ ao longo do tempo, mas oficialmente os mais antigos e contínuos são esses.

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2. A 'disputa' tecnológica do centro: escada rolante x elevador

No auge do comércio no Centro, Casas Pernambucanas e Magazine Luiza disputavam quem oferecia a tecnologia mais moderna para atrair clientes. Uma instalou uma escada rolante, novidade absoluta na época; a outra, um elevador, igualmente chamativo. Vendedores aproveitavam o fluxo para tentar fechar vendas com quem ia só “dar uma voltinha”.

Ilustração feita por IA

3. Supermercado São Paulo: o 'Walmart' francano

Na Presidente Vargas, o tradicional Supermercado São Paulo ganhou fama por vender literalmente de tudo. “Seu” Aparecido Maldonado, figura histórica da cidade, afirma nem conseguir contar os produtos cadastrados. Gaiolas, lampiões a querosene, ferramentas, milho para triturar, itens a granel e até objetos inesperados sempre dividiram espaço nas prateleiras - motivo que rendeu ao local o apelido de “primeiro Walmart de Franca”.

Sr. Aparecido viraliza com quadriciclo nos corredores do Supermercado São  Paulo

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4. Praça Dom Pedro (Shopping do Itaú): das personalidades ao camelô

O local conhecido pelos francanos como “shopping do Itaú” já abrigou o luxuoso Hotel Francano, inaugurado em 1928 para receber figuras importantes da política e do café. A crise de 1929 derrubou o movimento, o prédio trocou de donos e quase foi tombado, mas acabou demolido nos anos 1980, dando lugar a uma agência do Itaú. Hoje, cerca de 80 barraquinhas ocupam a praça, ao lado da agência bancária.

Mudança na Lei aumenta expectativa de retorno para ambulantes 'despejados'

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5. O Shopping 'mal-assombrado' do Calçado

Inaugurado para ser referência do setor, o Shopping do Calçado nunca deslanchou. Em 2009, ainda tentaram uma expansão que dobraria o tamanho e traria até loja âncora — mas nada saiu do papel. Mesmo com 60 mil visitantes ao mês na época, o centro comercial perdeu força e se tornou sinônimo de vazio. Hoje, um restaurante e uma academia são os responsáveis por manter algum movimento no local.

Shopping do Calçado deve receber cinema e praça de alimentação; Franca  Shopping é revitalizado

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6. Liquidação Fantástica: a primeira 'Black Friday do Brasil'

Criada em 1993 por Luiza Helena Trajano, a Liquidação Fantástica foi pioneira nas megapromoções nacionais. Ela surgiu para zerar estoques após o fim do ano, oferecendo descontos de até 80%. Filas de madrugada, lojas lotadas e corrida por eletrodomésticos e celulares fizeram do evento um fenômeno que antecedeu até a Black Friday no país.

Liquidação Fantástica do Magazine Luiza é nesta 6ª feira

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7. Uma potência do varejo originalmente francana

O Magazine Luiza nasceu em Franca em 1957, quando o casal Pelegrino e Luiza Donato abriu a primeira loja, então chamada “A Cristaleira”. A rede cresceu até se tornar um gigante nacional, reunindo em 2025 mais de 1.200 lojas físicas e dezenas de centros de distribuição. Com a digitalização, o Magalu se transformou em potência no e-commerce, integrando lojas, site e marketplace. O grupo opera plataformas como Magalu Marketplace, Magalu Ads, Parceiro Magalu, Magalu Empresas e administra marcas como Netshoes, Zattini, KaBuM! e Estante Virtual. Assim, o Magalu consolidou-se como um dos maiores ecossistemas de varejo e tecnologia do país.

Luiza Trajano Donato, que deu nome ao 'Magalu', escolheu a sobrinha para  comandar o grupo na década de 1990 | G1

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8. O poder do comércio popular no Leporace

As garagens dos conjuntos habitacionais da avenida Abrahão Brickmann, no Parque Vicente Leporace, formaram por anos um dos maiores corredores comerciais da cidade, com mais de 180 estabelecimentos de 40 segmentos. Décadas de disputa judicial marcaram o local, que deveria ser demolido, mas ganhou galerias comerciais após acordo entre Ministério Público e CDHU. Mesmo assim, algumas lojinhas tradicionais seguem funcionando nas garagens.

Folha de S.Paulo - Foco: Lojas improvisadas em garagem de prédio popular  serão demolidas, diz CDHU - 20/06/2009

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9. Rolão da Tião: o 'feirão' francano de trocas e vendas

Criado no início dos anos 2000, o Rolão da Tião começou na praça do viaduto da Vila São Sebastião, onde aconteciam trocas, vendas e “catiras”. O movimento cresceu e se mudou para os fundos do Posto Franca-Araxá. Hoje acontece em um terreno da Prefeitura na av. Ministro Rui Barbosa, no Jardim Rezende, reunindo centenas de pessoas todos os domingos.

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10. Comércio, segundo setor que mais emprega em Franca

Dados do Caged mostram que o comércio emprega atualmente 29.330 pessoas de forma formal em Franca. O setor só fica atrás dos serviços e continua sendo um dos principais motores econômicos da cidade, responsável por movimentar bairros, abrir vagas e sustentar milhares de famílias.

Comércio de Franca deve contratar até 2,3 mil temporários

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