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Justiça condena 5 pessoas por agiotagem em Franca

Por | da Redação
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Sampi/Franca
Reprodução
Todos os presos durante a Operação Castelo de Areia até agora
Todos os presos durante a Operação Castelo de Areia até agora

A Justiça de Franca condenou, nesta terça-feira, 25, cinco homens apontados como integrantes de uma organização criminosa envolvida com agiotagem extorsiva, empréstimos com juros abusivos e lavagem de dinheiro em Franca e região. A decisão foi proferida pelo juiz Orlando Brossi Júnior, da 3ª Vara Criminal, após denúncia apresentada pelo Ministério Público por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Foram condenados Rayander Luiz Nascimento, Célio Luís Martins, Jonathan Nogueira dos Santos Reis (foragido), Everaldo Bastos Guimarães e Eraldo Bastos Guimarães, todos investigados na Operação Castelo de Areia, que teve sua segunda fase deflagrada para desarticular o esquema.

Cada um dos réus recebeu 17 anos, 3 meses e 18 dias de reclusão, em regime inicial fechado; e 7 meses e 6 dias de detenção, em regime semiaberto pelo crime de usura e 73 dias-multa.

Segundo o Ministério Público, a Justiça também determinou a prisão imediata de dois condenados que estavam respondendo em liberdade e manteve os demais sob regime prisional. Os nomes deles não foram divulgados.

Como funcionava o esquema, segundo a investigação?

De acordo com o Gaeco, o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas. O objetivo era captar pessoas em dificuldade financeira para oferecer empréstimos com juros entre 20% e 35%, valores muito acima dos permitidos por lei.

As cobranças eram feitas por meio de ameaças e violência, segundo as investigações. O dinheiro movimentado pelo grupo passava por pessoas interpostas ("laranjas") e empresas fictícias, numa tentativa de ocultar a origem ilícita.

A investigação também identificou que o esquema contava com informações privilegiadas fornecidas por um ex-policial que teria sido corrompido para favorecer os envolvidos.

Entre as provas reunidas pelo Gaeco estão interceptações telefônicas, análises de movimentações bancárias e documentos apreendidos durante as fases da operação.

Operação Castelo de Areia

A organização criminosa já vinha sendo monitorada desde a primeira fase da operação. Na fase II, os cinco réus foram presos e denunciados por organização criminosa, usura com juros abusivos mediante grave ameaça, corrupção ativa e lavagem de capitais.

Ministério Público

Em nota, o Ministério Público afirmou que a condenação reforça o combate às organizações criminosas que atuam na região de Franca e destacou a importância da responsabilização para proteger a população de práticas de exploração financeira.

"O Ministério Público reafirma seu compromisso permanente com o enfrentamento às organizações criminosas que atuam na região, garantindo a proteção da sociedade e a responsabilização dos envolvidos", diz a nota.

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