O ex-delegado e ex-diretor da Polícia Civil de Franca, Roberto Maurício Genofre, morreu em São Paulo. A notícia do falecimento foi divulgada nesta sexta-feira, 7, pelo IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), do qual ele era associado e um dos fundadores.
Genofre teve uma carreira marcada pela defesa dos direitos humanos e pela atuação em prol de uma segurança pública mais democrática. Em nota, o IBCCRIM destacou que ele foi um "policial ímpar, que aliou a investigação aos princípios constitucionais dos direitos humanos" e que "contribuiu como poucos para a construção de uma polícia comprometida com as garantias fundamentais".
Durante sua trajetória na Polícia Civil de São Paulo, Roberto Maurício Genofre ocupou cargos de destaque, como Corregedor-Geral e Diretor da Academia de Polícia. Ele também foi chefe da Polícia Civil do Estado e, antes disso, delegado titular em Franca.
"Eu o conheci pessoalmente em São Paulo, na época em que estive como secretária-geral da associação dos delegados. Era muito inteligente e tinha grande carinho por Franca", disse o delegado da DISE (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Franca), Alan Bazalha.
Além da carreira policial, Genofre foi professor de Direito na PUC-SP e na Unip, onde ajudou a formar gerações de profissionais com pensamento crítico e respeito à Constituição.
Natural de São Paulo, Genofre viveu por muitos anos na capital, mas manteve laços com Franca, onde atuou como delegado nas décadas de 1970 e 1980. À época, esteve à frente de investigações marcantes e participou de momentos de forte tensão institucional, como o episódio que envolveu o assassinato de um delegado em serviço, em 1971 — caso que gerou grande repercussão no Estado e levou à mobilização de autoridades da Segurança Pública.
O velório e o sepultamento de Roberto Maurício Genofre não foram divulgados.
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Comentários
1 Comentários
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IRA 08/11/2025descanse em paz dr GENOFRE,