A Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Franca divulgou nesta quinta-feira, 30, o balanço da operação que apreendeu 2,6 mil litros de cachaça produzida de forma irregular em um imóvel do Jardim Aeroporto, zona sul da cidade. O caso foi descoberto na manhã de quarta-feira, 29, durante o cumprimento de quatro mandados de busca em endereços ligados ao responsável pela produção.
Segundo a Polícia Civil, a ação foi desencadeada após denúncia anônima recebida pela Vigilância Sanitária Municipal, que identificou indícios de fabricação clandestina de bebidas alcoólicas. A partir disso, a Dise conduziu a investigação e constatou que a produção ocorria em condições precárias, sem qualquer autorização sanitária ou controle de qualidade.
No local, peritos criminais recolheram amostras da bebida, que agora serão analisadas para determinar a composição e a presença de substâncias tóxicas, como o metanol, composto que pode causar intoxicações graves e até morte quando ingerido. A perícia também verificará se houve falsificação de marcas e rótulos.
O proprietário da fábrica foi localizado em outro endereço e detido em flagrante. Ele é também dono de uma distribuidora de bebidas no Jardim Elimar. Após o registro do caso, o suspeito foi autuado pelos crimes contra a ordem tributária, econômica e as relações de consumo.
Segundo o delegado Alan Bazalha Lopes, foi arbitrada fiança de cinco salários mínimos, no valor de R$ 7.590, que foi paga, colocando o investigado em liberdade provisória, enquanto o inquérito prossegue.
Barris, galões, garrafas PET e equipamentos usados no envase da cachaça foram apreendidos pela Vigilância Sanitária. As bebidas serão submetidas a exames para confirmar se podem representar risco à saúde pública.
As investigações continuam para identificar eventuais pontos de venda e o alcance da distribuição da bebida clandestina na cidade e na região.
Leia mais:
Polícia estoura laboratório clandestino de cachaça em Franca
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.