ÁRBITRO DE FRANCA

Do amador para árbitro da FPF: ‘Agora é focar no mais alto nível’

Por N. Fradique | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Acervo Pessoal
Patrick Corrêa Oliveira busca carreira na arbitragem brasileira
Patrick Corrêa Oliveira busca carreira na arbitragem brasileira

Uma lesão no joelho afastou Patrick Corrêa Oliveira, de 28 anos, dos campos de futebol amador e varzeano, mas o levou a descobrir uma nova paixão: a arbitragem. Morador em Franca, Patrick foi convidado para apitar uma partida de futebol que contava com amigos nas duas equipes e, após se destacar, decidiu se profissionalizar.

"Machuquei o joelho e isso foi um divisor de águas. Fiquei parado uns dois, três anos. Depois, comecei a apitar e peguei gosto pela coisa", conta Patrick, que realizou o curso da FPF (Federação Paulista de Futebol) em 2024, e está na atividade desde o começo deste ano.

Patrick, que é casado e pai de dois filhos, conta como tudo começou. “Em uma partida na cidade, o árbitro simplesmente não foi. Eles perguntaram se eu quebrava um galho. Eu falei: 'Pô, toda hora'. Eu nem esperava receber nada em troca, mas eles me pagaram. Passou um mês, eles me chamaram de novo. Eu fui pegando gosto pela coisa. Entrei para o Varzeano, Amador, Regional. Fui apitando tudo na região inteira e pensei: 'Por que não me profissionalizar?'."

Com dedicação e treinamento, Patrick perdeu 10 kg e passou nos testes físicos rigorosos do curso. Agora, ele trabalha como árbitro e também no setor calçadista de Franca. "Trabalho até hoje, não vivo só de arbitragem. Por uma escolha minha, daria pra viver, mas só que por uma escolha minha ainda mantenho o meu serviço", afirma.

Patrick já apitou partidas das categorias de base da Federação Paulista, sub-11 e sub-12, e agora mira apitar a Copa São Paulo de Futebol Júnior e categorias superiores. "Agora é focar no mais alto nível. Eu passando nos testes físicos com os índices altos, eu consigo apitar qualquer categoria", diz.

Apesar das contestações que a arbitragem brasileira enfrenta neste momento, com árbitros sendo afastados do Brasileirão, Patrick acredita que o trabalho dos árbitros é satisfatório e defende a profissionalização da categoria. "A arbitragem brasileira é boa, mas precisa ser profissionalizada o mais rápido possível. Nós somos autônomos, prestadores de serviço. (A solução), sem dúvida alguma, é profissionalizar", afirma.

Patrick sonha em se tornar árbitro da CBF e, quem sabe, árbitro Fifa. "Vou continuar me dedicando e, Deus querendo, fazer sub-20 a categoria profissional. A longo prazo, é adquirir mais um escudo, virar árbitro CBF, quem sabe, mais um tempo aí, árbitro Fifa", finalizou.

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