O que era para ser apenas o encerramento de mais um dia de trabalho terminou em desespero, gritos e violência na noite de quinta-feira, 9, em Franca. A proprietária da Casa da Esfiha, Juliana Marins, e uma funcionária foram vítimas de um assalto brutal por dois homens armados que chegaram ao local fingindo ser clientes.
A ação aconteceu por volta das 23h30. A comerciante, exausta após uma noite movimentada de trabalho, e sua colaboradora estavam limpando e organizando a cozinha para fechar as portas. A grade e o vidro já estavam encostados, mas, na correria, a porta principal ficou destrancada. Foi nesse momento que os dois criminosos se aproveitaram.
“Eles chegaram mansos, educados, falando: ‘oi, moça, boa noite’, perguntando se ainda dava tempo de pedir alguma coisa. Eu achei que eram clientes de verdade”, relatou Juliana Marins ao portal GCN/Sampi, ainda abalada. Um deles falava com naturalidade, enquanto o outro permanecia em silêncio, apenas observando.
Ela explicou que, apesar de já ter encerrado as atividades, decidiu servir caldo — único item ainda disponível —, como costuma fazer em situações semelhantes. “Eles pediram dois caldos e refrigerante. Eu falei o preço, R$ 50, e foi nessa hora que ele puxou a arma, apontou na minha cabeça e falou: ‘isso aqui é um assalto. Vai, me leva onde está o dinheiro’. Na hora, eu congelei.”
Enquanto isso, a funcionária, que estava no fundo, ouviu a movimentação e gritou. O segundo assaltante então avançou. A comerciante tentou manter a calma, explicando que havia pouco dinheiro no local — apenas R$ 70 em espécie, já que a maioria dos pagamentos é feita por Pix ou cartão.
A resposta dos criminosos foi ainda mais violenta. “Ele ficou transtornado, como se não acreditasse. Deu-me um soco, depois bateu com o revólver na minha cabeça. Sangrou muito. Depois ainda deu outro soco no meu nariz. Machucou muito. Eu fiquei com o rosto coberto de sangue. Estou com hematomas, o olho roxo e uma lesão no nariz”, contou a vítima.
A funcionária também foi agredida, embora com menos gravidade. Em seguida, os bandidos começaram a quebrar utensílios e equipamentos da cozinha, gritando e exigindo mais dinheiro.
“Eles gritavam, batiam em tudo, quebraram coisas. Eu achei que a gente não ia sair viva. Foi quando, desesperada, eu gritei: ‘A polícia já está chegando!’. Naquele instante, eles correram. Acho que foi o que salvou a gente”, disse Juliana.
A vítima, ainda em recuperação dos ferimentos, descreve a noite como uma das mais assustadoras de sua vida. “Eu trabalho com muito esforço. A gente cansa, corre, rala… E viver uma coisa dessas é um pesadelo. Eles chegaram calmos e, em segundos, transformaram tudo em terror.”
Os criminosos fugiram levando celulares e dinheiro. O número de telefone do estabelecimento também foi levado, e a direção alerta os clientes: caso recebam ligações ou mensagens do número da Casa da Esfiha, não retornem e denunciem às autoridades.
Ainda não há previsão de retorno das atividades. “Antes de qualquer coisa, precisamos respirar, acalmar o coração e a mente, e buscar justiça”, declarou Juliana.
A Polícia Civil investiga o caso e busca imagens de segurança da região que possam ajudar na identificação dos suspeitos.
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Comentários
1 Comentários
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Darsio 11/10/2025E olha que a polícia do Tarcísio disse que a criminalidade diminuiu. Mas, fazer o quê? Os francanos idiotas ainda aplaudem de pé o Tarcisão. VIVA O IMPERADOR D. PEDRO X! VIVA!!! OPS! NÃO SOMOS MAIS UMA MONARQUIA? MAS, OS FRANCANOS AINDA ACREDITAM QUE SOMOS!!!!