#VOTEFRANCA

‘Estamos fora do mapa', diz Corrêa Neves Júnior

Por | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
Sampi/Franca
Wilker Maia/Acif
Jornalista Corrêa Neves Jr. e presidente da Acif, Fernando Rached Jorge
Jornalista Corrêa Neves Jr. e presidente da Acif, Fernando Rached Jorge

Entidades de Franca se reuniram no auditório da Acif (Associação do Comércio e Indústria de Franca) na noite desta quarta-feira, 27, para lançar a campanha Franca tem Voz (#VoteFranca). A iniciativa, apartidária, busca mobilizar a população em torno da necessidade de eleger representantes locais em 2026, ampliando a presença da cidade tanto na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) quanto no Congresso Nacional.

A campanha tem apoio da Acif, Cocapec, Unimed, GCN e Rádio Difusora. Também subscrevem o movimento a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Franca, a Uni-Facef (Centro Universitário Municipal de Franca), o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) de Franca, o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Franca e o Magazine Luiza.

O diretor do portal GCN e da rádio Difusora, jornalista Corrêa Neves Jr., destacou que, nas últimas duas décadas, Franca perdeu espaço político e voz nos principais centros de decisão. “A cidade não consegue eleger deputados federais e elege menos deputados estaduais do que poderia. Isso não é acaso, é uma tendência que vem se agravando.”

Segundo ele, a ausência de representantes diretos enfraquece a cidade em pautas estratégicas. Corrêa ressaltou que cada eleição repete o mesmo quadro: aumento da abstenção, crescimento dos votos brancos e nulos, multiplicação de candidatos locais sem mínima viabilidade e escolha de candidatos sem ligação com a região pela população. “O grande problema disso é que nós ficamos fora do mapa político”, disse, lembrando que Franca não tem voz em Brasília e conta hoje com apenas dois representantes na Alesp.

Para o jornalista, reverter esse cenário exige conscientização ampla da população. Ele frisou que não importa o posicionamento ideológico ou o perfil pessoal dos candidatos, desde que tenham vínculo com a cidade. “Pode ser de esquerda, direita, pode ser ateu, religioso, gay, hétero, o que for, desde que seja um candidatos que tenha ligação direta com Franca e região.”, afirmou. "Nosso apelo é para que o eleitor escolha um candidato de Franca que melhor se enquadre no seu perfil".

Corrêa também reconheceu o desânimo de parte do eleitorado com a política, muitas vezes vista como distante ou ineficaz. No entanto, trouxe um dado para exemplificar o impacto concreto da falta de representatividade: há 45 dias, em apenas um único dia, o Governo Federal liberou R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares. “É mais do que um ano do orçamento de Franca. E desses R$ 2,5 bilhões liberados para as cidades do Brasil inteiro, não veio um único real para Franca. Por quê? Porque nós não temos um deputado federal”, lamentou.

Fernando Rached Jorge

O presidente da Acif, Fernando Rached Jorge, ressaltou a importância do movimento Franca tem Voz. Segundo ele, trata-se de uma ação de conscientização para recuperar a representatividade política da cidade. “Franca hoje recebe da Acif, da Cocapec, da Unimed, do GCN o projeto Franca tem Voz. É um projeto de conscientização onde Franca precisa ter representatividade na esfera federal e, mais ainda, na estadual”, afirmou.

Ele destacou que a falta de representantes gera perdas significativas em recursos e investimentos. Rached observou que a ausência de deputados ligados à cidade compromete diretamente a chegada de verbas públicas. “Franca perde muito recurso, muita verba por não ter”, disse, frisando que esse é um dos maiores entraves ao desenvolvimento regional.

O dirigente também lembrou que a Acif atua sem vínculos partidários e reforçou o convite à participação popular. Pediu que a comunidade abrace a iniciativa e ajude a fortalecer a causa. “A Acif é totalmente apartidária e a gente pede que vocês entrem na nossa campanha no Instagram. Conheçam a nossa campanha, entrem no nosso projeto e ajudem Franca a ter voz.”

José Alfredo

O reitor do Uni-Facef, José Alfredo, ressaltou que a falta de representatividade tem custado caro à cidade. Segundo ele, Franca perde recursos tanto do governo estadual quanto do federal justamente por não contar com representantes diretos. Para o reitor, essa ausência precisa ser enfrentada com união. “Nós, enquanto francanos e dirigentes de entidades da nossa cidade, precisamos lutar por esse projeto”, defendeu.

José Alfredo concluiu enfatizando a importância do engajamento da população. Em suas palavras, a campanha deve ir além das lideranças e alcançar os cidadãos, para que compreendam o peso do voto consciente. “Precisamos fazer com que esse projeto perpasse os nossos horizontes e que possamos conscientizar, deixar claro para a população que o seu voto é importante e faz a diferença”, afirmou, lembrando que o impacto positivo vai além de Franca e beneficia toda a região.

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Comentários

2 Comentários

  • Sebastião 29/08/2025
    Como que se algum dos que já estiveram lá não tivessem apenas interesses pessoais. Agora vem essa mesma ladainha quadrienal dos auto-proclamados preocupados com a cidade que vão se oferecer como voluntários patriotas para defender os interesses dos francanos. Todos pilantras, nunca houve nenhum que prestasse.
  • Carlos 29/08/2025
    Realmente Franca precisa de representação estadual e federal , pois os últimos eleitos são uma vergonha completa , nem de Franca o cara é , além de defender tudo o que não presta , e a deputada só está lá pra fazer número , envergonhar a cidade e trair os votos que recebeu !