PREOCUPANTE

Pais denunciam atos obscenos perto de escola em Franca

Por Leonardo de Oliveira | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/Google Maps
Pais têm se preocupado com o acontecimentos recentes
Pais têm se preocupado com o acontecimentos recentes

Nas últimas semanas, casos de exposição sexual envolvendo crianças e adolescentes ganharam destaque nas redes sociais e provocaram ampla discussão no país. Mas, longe das câmeras e da internet, situações semelhantes têm se repetido nas ruas de Franca, expondo alunos, famílias e profissionais de educação a riscos e constrangimentos diários.

Um exemplo recente ocorreu na rua Rio Grande do Sul, esquina com a rua Minas Gerais, em frente a uma escola. Segundo o relato de uma mãe, que pediu para não ser identificada, o local - já conhecido por concentrar usuários de drogas e pessoas em situação de rua - se tornou cenário de um episódio de atentado ao pudor no horário de saída das crianças.

“Eu cheguei para buscar meu filho, eram cinco horas da tarde, e vi uma mulher atrás de um carro com um senhor mais velho. Ela baixou o short e começou a se mostrar para ele, na frente de quem estava ali. Crianças de 4, 5 anos presenciaram aquilo. Todo mundo ficou constrangido”, contou.

A mãe afirma que o problema com usuários de drogas e moradores de rua na região é constante. O beco na rua Minas Gerais, próximo ao colégio, é apontado por comerciantes e pais como ponto de tráfico. “Ali é todo dia. Passa gente pedindo dinheiro, vendendo coisas, visivelmente drogados. Tem mulher que fica com roupa mínima, às vezes, só de parte de cima de biquíni, short curto… E agora esse caso de se mostrar para um homem em plena saída de escola”, relata.

O corpo docente da escola, segundo a mãe, já percebeu o aumento da insegurança no entorno. A inspetora, a secretária e até a coordenação teriam presenciado a cena e comentado sobre a dificuldade de estacionar ou permanecer na porta, principalmente no fim da tarde.

“A gente fica com medo. Outro dia, de manhã, havia um casal sentado na porta de uma sorveteria fechada, e o homem parecia estar sob efeito de drogas, com dificuldade para se movimentar. É assustador”, descreve.

Pais e funcionários pedem que ações sejam tomadas, como o reforço no policiamento e rondas no horário de entrada e saída das crianças. A mãe acredita que a simples presença de viaturas poderia inibir parte das ocorrências. “Não sei se podem mandar viatura, mas acho que ajudaria a intimidar. Do jeito que está, está cada vez mais difícil deixar e buscar nossos filhos na escola”, afirmou.

Casos como esse, que envolvem exposição sexual em local público, configuram crime previsto no artigo 233 do Código Penal.

Estado promete reforçar policiamento

Em resposta, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) informou que o policiamento na região será reforçado a partir das denúncias recebidas. A pasta orienta ainda que casos semelhantes sejam comunicados imediatamente pelo telefone 190, para envio de viaturas da Polícia Militar.

Segundo a SSP, as forças de segurança atuam de forma integrada para combater a criminalidade e garantir a proteção de moradores, alunos e profissionais da escola. Os esforços incluem patrulhamento preventivo e ostensivo em pontos estratégicos previamente mapeados, que já resultaram na prisão ou apreensão de 2,1 mil infratores apenas no primeiro semestre deste ano.

A secretaria destacou ainda que, desde o início da atual gestão, tem trabalhado em conjunto com órgãos estaduais e municípios para enfrentar o tráfico de drogas e oferecer alternativas de recuperação a dependentes químicos.

Esse trabalho envolve ações conjuntas de segurança, saúde e assistência social, além do monitoramento contínuo de pontos sensíveis e indicadores criminais.

A apsata destaca que, somente na região de Franca, foram apreendidos 255,7 quilos de entorpecentes nos primeiros seis meses do ano, resultado da atuação integrada das polícias.

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