ECONOMIA

Franca gera 3,7 mil empregos formais no 1º semestre de 2025

Por Leonardo de Oliveira | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/WhatsApp/GCN
Franca gerou quase 3,8 mil empregos formais no primeiro semestre de 2025, com destaque para o setor industrial
Franca gerou quase 3,8 mil empregos formais no primeiro semestre de 2025, com destaque para o setor industrial

O município de Franca encerrou o primeiro semestre de 2025 com um saldo positivo de 3.707 vagas com carteira assinada, segundo dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.

O desempenho nos primeiros seis meses deste ano é 18% menor que no mesmo período do ano passado, quando 4.518 vagas de emprego foram abertas. Já em 2023, foram 1.001 novos postos de trabalho em Franca no primeiro semestre.

Entre janeiro e junho de 2025, foram 32.897 admissões e 29.190 desligamentos, em um cenário de crescimento do emprego formal, mas com variações entre os setores e sinais de desaceleração no segundo trimestre.

Saldo mensal de empregos formais em Franca – 2025

•    Janeiro: +1.104
•    Fevereiro: +1.250
•    Março: +333
•    Abril: +277
•    Maio: +301
•    Junho: +442
•    Total (jan-jun): +3.707 vagas


O desempenho do primeiro trimestre (com 2.687 novas vagas) foi bem superior ao do segundo trimestre (com 1.020 vagas), mostrando uma redução no ritmo de contratações à medida que o semestre avançava.


Indústria segue na liderança, mas com ritmo mais lento


A indústria de transformação, com destaque para o polo calçadista, foi o principal motor da geração de empregos no semestre. O setor apresentou um ritmo acelerado de admissões em janeiro (988), fevereiro (663) e março (177), mas apresentou queda em abril (149) e maio (86), recuperando-se em junho (232).

O saldo no primeiro semestre é de 2.295 novas vagas abertas pelas indústrias.


Comércio e serviços: estabilidade e leve recuperação


O setor de serviços se destacou em março, quando liderou as contratações no mês (+242 vagas), e seguiu com desempenho razoável nos meses seguintes, ajudando a sustentar os números de junho. Em janeiro, o setor teve um saldo de 480, seguido pelos números de fevereiro (357). O saldo do setor no primeiro semestre é de 1.286 postos criados.

O comércio teve saldo positivo em cinco dos seis meses, com 156 vagas em janeiro, 162 em fevereiro e recuperação após leve recuo em março (-6). Em abril, o setor abriu 48 novas vagas, e voltou a contratar em maio (38) e junho (156), fechando o semestre com saldo positivo de 171 novas vagas.


Construção e agropecuária registram os piores saldos do semestre

Entre os setores avaliados, a construção civil e o agronegócio apresentaram os desempenhos mais fracos no primeiro semestre de 2025. Mesmo com o impulso sazonal típico dos primeiros meses do ano, os números ficaram abaixo da média esperada.

A construção civil encerrou o semestre com um saldo negativo de 299 vagas. O setor teve um dos piores desempenhos já no início do ano, com fechamento de 136 postos em janeiro. Houve leve recuperação em fevereiro, com 42 vagas abertas, mas o saldo voltou a ser negativo nos meses seguintes: -34 em março, -44 em abril, -110 em maio e -17 em junho.

O setor agropecuário, por sua vez, teve um resultado um pouco melhor, com saldo positivo de 254 novos postos no semestre. Apesar de iniciar o ano com recuos em janeiro (-1) e março (-46), houve recuperação nos demais meses: 26 vagas criadas em fevereiro, 49 em abril, 188 em maio e 38 em junho.

Estoque de empregos e permanência no trabalho

O estoque total de empregos formais em Franca cresceu gradualmente:

•    Janeiro: 100.559
•    Fevereiro: 101.809
•    Março: 102.142
•    Abril: 102.419
•    Maio: 102.720
•    Junho: 103.162


O tempo médio de permanência no emprego oscilou entre 17,6 e 18,7 meses, com destaque para os trabalhadores da indústria, que superam os 20 meses de vínculo em média - indicador de estabilidade no setor.


Com um saldo de 3.707 novos postos de trabalho formais, Franca inicia o segundo semestre de 2025 em uma situação relativamente confortável no mercado de trabalho. A indústria segue como âncora da economia local, mas há sinais claros de desaceleração que merecem atenção.

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