Aline Campos do Nascimento, de 9 anos, moradora de Franca, precisa passar por uma cirurgia de alto custo, estimada em R$ 325 mil, para tratar uma trombose na veia porta. A condição, que impede o fluxo adequado de sangue ao fígado, provoca complicações graves, como varizes internas e sangramentos constantes.
A família tem promovido uma vaquinha on-line para arrecadar o valor necessário e garantir o procedimento, considerado o único capaz de oferecer a cura.
A cirurgia, chamada shunt Meso REX, não é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e também não consta no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o que obriga o tratamento a ser realizado na rede particular.
O procedimento será feito no Hospital da Criança Santo Antônio, em Porto Alegre (RS), por um médico de Chicago (EUA). A previsão é que ocorra na última semana de outubro. Só os exames pré-operatórios, segundo a família, devem custar cerca de R$ 59 mil.
De acordo com o laudo médico, assinado pela equipe da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Aline apresenta hipertensão portal com varizes esofágicas e gástricas, plaquetopenia (baixa contagem de plaquetas) e esplenomegalia (aumento do baço), o que a expõe a riscos de hemorragias internas, infecções e até rompimento de órgãos. A cirurgia busca restabelecer o fluxo sanguíneo para o fígado, condição essencial para evitar novos episódios de sangramento, estabilizar o crescimento da criança e evitar a falência hepática.
Histórico de saúde delicado
Segundo a mãe, Jussara Machado de Campos Nascimento, os primeiros sintomas surgiram há três anos, quando Aline vomitou coágulos de sangue em casa e precisou ser levada às pressas ao hospital. Desde então, foram diversas internações, procedimentos de emergência e anos de acompanhamento médico sem diagnóstico definitivo, até que, no final de 2023, foi confirmada a trombose.
“Ela tem o baço muito grande, está aumentando cada vez mais, os órgãos dela estão ficando desabilitados devido a essa trombose (...) o médico falou que o fígado dela estava entrando em falência e precisava fazer essa cirurgia antes que o fígado dela parasse totalmente (...) se eu não fizer, pode ela sangrar, podem os órgãos dela pararem”, explicou Jussara.
Aline já passou por dois episódios graves de hemorragia digestiva alta. No primeiro, aos seis anos, precisou ser internada com quadro de anemia profunda após vomitar coágulos de sangue em casa. Na ocasião, foram identificadas varizes internas que precisaram ser ligadas com urgência. O segundo episódio ocorreu em janeiro deste ano e exigiu novo atendimento emergencial. Segundo a família, os sangramentos são imprevisíveis e colocam a vida da menina em risco imediato.
Além das varizes, o aumento do baço e a baixa contagem de plaquetas tornam o quadro ainda mais delicado. O laudo médico ressalta que, sem a cirurgia, o comprometimento dos órgãos tende a avançar, elevando o risco de complicações irreversíveis. Após o procedimento, a expectativa é que o crescimento e o desenvolvimento de Aline voltem à normalidade, com a redução do risco de infecções e sangramentos.
“Pode acontecer de um sangramento vir e não dar tempo. Essa cirurgia não é barata. A gente está vendendo umas coisas que temos para poder levantar o dinheiro e pedimos ajuda, que vocês possam nos ajudar em favor da vida da nossa filha”, pediu.
Como ajudar?
A família tenta levantar os recursos por meio de doações, vendas e ações solidárias. Segundo Jussara, o valor cobre desde os exames até o pós-operatório, incluindo internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), caso haja complicações. A cirurgia, segundo os médicos, dura em média oito horas e exige acompanhamento por, pelo menos, um mês após o procedimento.
Quem tiver interesse em contribuir com a família para a realização da cirurgia, as doações podem ser feitas por meio da plataforma Vakinha, na campanha aberta pela família (clique aqui).
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Comentários
1 Comentários
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Roberval 01/08/2025Como assim, corre risco de VIDA? Nunca ouvir falar isso.