Após a morte da cantora e atriz Preta Gil, ocorrida no último domingo, 20, em Nova York (EUA), depois de uma grande luta contra um câncer colorretal, a questão que fica é: o quão comum isso é em Franca?
Segundo pesquisa do Hospital Albert Einstein, o câncer colorretal, ou neoplasia colorretal, é o tumor que afeta o cólon e o reto, órgãos que são parte do sistema intestinal. Ele pode atingir homens e mulheres, geralmente por volta dos 50 anos de idade e, se detectado precocemente, pode ser prevenido, tratado e até mesmo curado.
Em Franca, em 2024, foram 171 internações por neoplasia colorretal, enquanto, no mesmo período, foram realizados 1.011 procedimentos clínicos relacionados à condição, podendo ou não ser de casos confirmados. Dos 171 casos que necessitaram de internação, a diferença de gêneros é evidente: são 105 homens e 66 mulheres.
Já em 2025, até maio, Franca já registra 74 internações pelo câncer, além de 506 procedimentos clínicos decorrentes da doença. De 74 pessoas, 39 são homens e 35 mulheres.
As internações de ambos os anos foram por 4 CIDs (Classificação Internacional de Doenças): C18, neoplasia maligna do cólon; C19, neoplasia maligna da junção retossigmoide; C20, neoplasia maligna do reto e C21, neoplasia maligna do ânus e do canal anal.
Os procedimentos clínicos realizados podem ser identificados como consultas, atendimentos ou tratamentos, incluindo radioterapias e quimioterapias.
Possíveis sintomas do câncer colorretal
Ainda de acordo com o Hospital Albert Einstein, os sintomas da neoplasia podem não ser tão evidentes inicialmente, porém, alguns sinais merecem atenção caso sejam identificamos, exigindo a procura de um profissional especializado. Confira:
- Mudança no hábito intestinal: como diarreia ou intestino preso (constipação);
- Desconforto abdominal: como gases e cólicas frequentes;
- Sangramento nas fezes ou no ânus;
- Sensação de que o intestino não se esvaziou completamente mesmo após evacuar;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Cansaço excessivo;
- Mudança nas fezes: evacuação de cor escura ou alteração na consistência e formato (por exemplo, pastosa ou dura e pontiaguda);
- Náuseas e vômitos;
- Dor na região anal ao tentar evacuar;
- Anemia de origem indeterminada.
Principais causas da neoplasia colorretal
Fatores como envelhecimento, histórico familiar ou até mesmo inatividade física podem ser causas possíveis para o desenvolvimento da doença. Além dessas, outros fatores destacados pelo hospital são: histórico médico (já ter tido outros tipos de câncer); obesidade; doenças inflamatórias no intestino, como retocolite ulcerativa crônica ou a doença de Crohn; e doenças hereditárias.
O diagnóstico
A partir da avaliação dos sintomas, exames específicos passam a ser analisados, como averiguação de sangue nas fezes e, também, a própria colonoscopia, que é o exame específico que examina cólon e reto. A biópsia também é um dos procedimentos indicados, onde uma amostra do tecido de uma área suspeita é retirada para análise em laboratório, facilitando a confirmação do câncer ou se somente se trata de um tumor benigno.
Exames de imagem complementares também podem ser recomendados, como tomografias computadorizadas, ressonância magnética e, em casos específicos, tomografia por emissão de pósitrons, que verifica a extensão do câncer e se o tumor se espalhou para outros órgãos (metástase).
Tratamentos
A depender do estágio e localização do tumor, três tratamentos são mais comuns: a cirurgia, para remover o tumor e, se necessário, as partes afetadas; a radioterapia, que é o uso de radiação para destruir as células cancerígenas ou reduzir o tumor; e a quimioterapia, que usa medicamentos para destruir as células cancerígenas e prevenir a propagação do câncer.
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