A história do pequeno Benício Cândido de Jesus, de apenas 4 anos, é marcada por coragem, fé e uma luta incansável pela vida. Diagnosticado aos 2 anos com um câncer raro e agressivo, o pineoblastoma grau 4, ele enfrentou uma verdadeira maratona de tratamentos, sessões intensas de quimioterapia, transplante de medula óssea em Barretos e 32 sessões de radioterapia na cabeça e na coluna realizadas em Franca.

Apesar da gravidade do quadro, o menino surpreendeu médicos e familiares ao entrar em remissão e, em setembro de 2024, protagonizou um momento emocionante ao bater o sininho no hospital, celebrando a aparente vitória contra a doença.

No entanto, pouco tempo depois, a família voltou a viver dias de angústia. Em novembro do mesmo ano, Benício perdeu a fala de forma súbita e, em seguida, os movimentos. Novos exames apontaram o retorno do câncer, com múltiplos pontos na coluna, e os médicos descartaram a possibilidade de cura, iniciando um tratamento paliativo.

Mas a força de Benício mais uma vez desafiou os prognósticos. Três meses após o início da nova quimioterapia, os exames não mostraram avanço das lesões, levantando a hipótese de que os sintomas fossem, na verdade, sequelas do tratamento e da meningite viral enfrentada anteriormente. Em maio deste ano, uma nova ressonância confirmou: o câncer estava novamente em remissão.

Mesmo assim, a luta não terminou. Em 28 de maio, o menino foi internado na Santa Casa de Franca com quadro de bronquite asmática e convulsões de difícil controle. Com o sistema imunológico debilitado, contraiu pneumonia e, em seguida, um fungo. Também precisou passar por uma cirurgia para retirada do cateter.

Desde então, o quadro clínico é delicado. O corpo de Benício não está conseguindo produzir hemoglobina nem plaquetas, exigindo transfusões frequentes. Há 51 dias internado, ele segue usando sonda, em cadeira de rodas e sem conseguir falar. A estimativa é que a internação dure ainda pelo menos mais três semanas devido ao tratamento com antibióticos.