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Alunos do Sesi Franca brilham na Robocup com robô de resgate

Por Pedro Dartibale | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução/Redes sociais
Alunos do Sesi Franca, Arthur Mendes, Fernanda de Lima e João Otávio representando a cidade do em Salvador BA
Alunos do Sesi Franca, Arthur Mendes, Fernanda de Lima e João Otávio representando a cidade do em Salvador BA

Três estudantes do Sesi Franca estão representando a cidade na Robocup 2025, uma das maiores competições de robótica do Brasil. Eles participam da categoria Rescue Maze, que simula operações de resgate com robôs autônomos. O evento começou nesta quarta-feira, 16, e termina neste domingo, 20, em Salvador, na Bahia.

A equipe é formada por Arthur Mendes Lopes e João Otávio Silva Ribeiro, ambos com 17 anos e cursando o terceiro ano do Ensino Médio, e Fernanda de Lima Gonçalves, de 16 anos, aluna do segundo ano. O trio projeta e programa um robô que precisa entrar em um labirinto, identificar “vítimas” simuladas e agir conforme a gravidade do caso.

As vítimas são sinalizadas por letras e cores coladas nas paredes:

  • U (Unharmed) / Cor Verde – vítima ilesa: apenas sinalização.
  • S (Stable) / Cor Amarela – vítima estável: sinalização e entrega de um kit de resgate.
  • H (Harmed) / Cor Vermelha – vítima ferida: identificação e entrega de dois kits de resgate.

Os kits, representados por pequenos cubos de 1x1x1 cm, precisam ser posicionados corretamente. Todo o desempenho do robô é pontuado com base na precisão e eficiência das ações. “Eles avaliam quantas vítimas foram identificadas e quantos kits foram entregues corretamente. A equipe com a maior pontuação bruta recebe o valor 1, e as demais têm suas notas normalizadas proporcionalmente”, explica Fernanda.

Além da arena, 30% da nota total vem de documentos técnicos obrigatórios, como:

  • Team Description Paper (artigo científico sobre o time e o robô);
  • Technical Description Video (vídeo técnico de até 7 minutos);
  • Poster oficial da equipe;
  • Lista de materiais padronizada, como se fosse uma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) 

Os documentos da equipe já foram enviados e, segundo eles, estão “muito fortes”. “Nosso robô está rápido, resistente, e a performance nos testes foi excelente. Estamos fazendo apenas ajustes finos agora”, relata Fernanda.

A Robocup também conta com avaliações orais, em que os estudantes precisam apresentar o projeto a juízes ou outras equipes. Isso garante que os participantes dominem o conteúdo e tenham desenvolvido o robô por conta própria, uma medida contra a terceirização técnica. “A gente tem que saber de verdade o que está falando. É um incentivo à autonomia e à pesquisa científica dos alunos”, destaca a estudante.

O grupo já tem experiência em competições. Na temporada 2024/2025, o time foi reconhecido com o prêmio de melhor design comemorativo dos 25 anos da Robocup, com um robô azul estilizado que foi destaque no site oficial. “Foi uma surpresa, nossa primeira vez competindo e já recebemos esse reconhecimento. Isso nos motivou ainda mais”, lembra Fernanda.

Apesar do clima competitivo, o espírito de colaboração também é marcante. “As equipes se ajudam. Se um robô quebra, sempre tem alguém disposto a oferecer uma peça ou uma dica. É tudo muito seguro e acolhedor”, completa a jovem.

Agora, o foco é a arena e os desafios que virão. “Sabemos que imprevistos acontecem, mas o nosso projeto está sólido. Estamos confiantes de que podemos alcançar um bom resultado”, finaliza Fernanda.

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