Moradores do Jardim Cambuí, na zona norte de Franca, dizem que estão enfrentando sérios transtornos todos os fins de semana devido à prática perigosa e desordenada de soltar pipas na região. Em denúncia feita ao GCN/Sampi, uma moradora relata a rotina de incômodo e insegurança vivida por famílias da rua Antônio Jacinto Crispim e arredores.
“Ficamos sem luz, eles batem nos portões, sobem em muros e mexem nos fios. É um perigo constante, parece que só Deus protege para não acontecer um acidente”, relata.
Segundo a moradora, a movimentação começa por volta das 14h, aos sábados e domingos, e segue até as 19h. As áreas mais afetadas ficam próximas à creche do bairro, descendo até o campinho e ruas adjacentes. Além das pipas, há reclamações de motociclistas fazendo algazarra no local.
A preocupação dos moradores não é infundada. De acordo com a CPFL Paulista, somente em 2024, foram registradas 278 ocorrências de falta de energia causadas por pipas na rede elétrica em toda a região administrativa de Franca.
O risco é ainda maior quando se utiliza cerol ou a chamada “linha chilena”, materiais que conduzem eletricidade e aumentam o risco de choques e acidentes graves. A prática é crime no Estado de São Paulo, conforme determina a Lei Estadual nº 12.192, de 2006.
Soltar pipas exige responsabilidade
A CPFL Paulista divulgou dez orientações para empinar pipas com segurança:
- Sempre longe da rede elétrica.
- Prefira locais abertos, como campos e praças.
- Evite ruas, avenidas e rodovias.
- Não use cerol nem linha chilena.
- Evite rabiolas, pois podem enroscar nos fios.
- Nunca use papel alumínio.
- Se a pipa enroscar, não tente retirá-la.
- Não utilize objetos como canos ou bambus para resgatar pipas.
- Evite empinar pipas em dias de chuva ou com raios.
- Nunca solte pipas em lajes, para evitar quedas e contato com a rede elétrica.
Os moradores do Jardim Cambuí pedem mais fiscalização por parte das autoridades e campanhas de conscientização para coibir práticas perigosas. Enquanto isso, seguem contando com a sorte e a atenção redobrada para evitar que uma brincadeira acabe em tragédia.
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