Giovani Felipe de Oliveira Martins, de 28 anos, morador de Franca, compôs uma música em homenagem ao Sesi Franca Basquete durante a preparação do time para o Mundial de Clubes de 2023, como forma de exaltar a história do clube e valorizar a identidade francana por meio da arte.
Apesar da rotina como servente de pedreiro, pintor e azulejista, o popular Versales MC carrega desde cedo uma ligação com a música. Começou escrevendo poesias ainda na infância e se apaixonou pelo rap ao assistir vídeos de batalhas de rima na internet, por volta de 2011 e 2012.
“O rap tocava dentro de casa. Cresci ouvindo Facção Central, Realidade Cruel. Nessa época também surgiram vários nomes como Emicida, Projota, Rashid. Eu já era apaixonado por isso”, contou.
A ideia da música “Franca Basquete Para Sempre” surgiu antes da conquista do título mundial, quando ele começou a acompanhar as reportagens sobre o desempenho da equipe. Pesquisando a história do clube, Giovani se aproximou da cultura da torcida e decidiu transformar a admiração em rima.
“Foi vendo as matérias da conquista que comecei a sentir um orgulho enorme. Eu acreditava muito que o time ia pra Singapura e ia fazer história”, relatou.
O refrão, “Unidos venceremos, Franca Basquete para sempre nós seremos”, foi entoado pela primeira vez na despedida do time rumo ao Mundial, durante um encontro com a torcida organizada no Franca Shopping. “Falei com o Geasi, presidente da torcida, e ele me deu total liberdade pra puxar o grito. Quando os jogadores entraram, ouviram tudo”.
A produção da faixa está sendo finalizada em parceria com o beatmaker Vilson S.D, com previsão de conclusão nas próximas semanas. Giovani também pretende registrar a obra e lançá-la nas plataformas digitais.
Ação social por trás da música
Mais do que uma homenagem ao clube, a música faz parte de um projeto maior. Giovani participa da organização de eventos culturais em praças públicas de Franca, onde leva som, poesia e, principalmente, o esporte para os bairros da cidade. As ações acontecem em espaços abertos, com estrutura improvisada, mas com forte presença comunitária.
“Cada pracinha que a gente faz, a gente olha como está a tabela de basquete, leva bola, leva cesta, se precisar a gente monta. O basquete é a cultura francana”, afirmou.
A intenção, segundo ele, é criar uma referência positiva para crianças e adolescentes, fortalecendo o sentimento de pertencimento. “Quero que os jovens cresçam com esse orgulho de ser de Franca, da capital do basquete. Que eles já tenham um grito de guerra, uma força pra se dedicar”, concluiu.
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