FECHADA

Não durou um ano: piscina do Póli está desativada, de novo

Por Leonardo de Oliveira | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução/WhatsApp GCN
Além dos azulejos em condição precária, a piscina também apresenta sujeira
Além dos azulejos em condição precária, a piscina também apresenta sujeira

Não aguentou um ano. A piscina do Poliesportivo está sem funcionar, de novo. O espaço, que receberia até 1 mil alunos, além de atletas profissionais e amadores, ficou seis anos desativado. Em 2024, foi concluído o processo de instalação do novo sistema de aquecimento e as atividades foram retomadas em 1º de agosto do ano passado. Em julho de 2025, a piscina está novamente fechada.

A rotina de treinos de dezenas de jovens atletas de natação em Franca foi completamente interrompida nos últimos meses. A piscina do Poliesportivo, principal estrutura pública voltada à prática da modalidade, está com problemas estruturais e encontra-se, segundo pais e usuários, em estado de abandono.

Azulejos soltos, ausência de aquecimento e água sem manutenção adequada são os principais problemas apontados. As condições precárias impossibilitam o uso contínuo da piscina, prejudicando não só o lazer, mas a preparação técnica de atletas que competem em nome do município.

Carlos Henrique Oliveira, pai de um menino de 10 anos que participa das competições, relata que os treinos estão comprometidos há pelo menos dois meses. “A piscina do Poliesportivo está soltando azulejos, não tem aquecimento e a água não é limpa. Os meninos ficaram duas semanas sem treinar. Agora, estão usando a piscina da Unifran, mas só porque a universidade está de férias. Quando voltarem as aulas, devem tirar o acesso.”

Segundo ele, a falta de treinos contínuos causa prejuízo direto ao desempenho dos atletas. “Natação é diferente de outros esportes. Se você fica um ou dois dias sem treinar, perde ritmo, perde tempo. Para conquistar medalha, o atleta precisa baixar seu próprio tempo em cada competição. E isso só acontece com treino constante”, disse.

Carlos Henrique destaca ainda que o técnico da equipe tem buscado alternativas, como Sesc e clubes locais, mas enfrenta dificuldades para garantir a estrutura necessária.

Discussão na Câmara

Durante a 26ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca, realizada na manhã desta terça-feira, 1°, o vereador Gilson Pelizaro (PT) usou a Tribuna para denunciar o estado de abandono da piscina do Complexo Poliesportivo. O parlamentar relatou que o equipamento esportivo, que passou por obras de revitalização, está sem uso há semanas devido à falta de manutenção.

Segundo Pelizaro, uma visita oficial ao local constatou que a piscina permanece suja e sem uso porque o sistema de filtragem não está funcionando. “Já faz quase um mês que ninguém entra na água”, afirmou.

O vereador destacou que mais de R$ 1 milhão foram investidos na reativação da estrutura, com recursos oriundos de emendas parlamentares articuladas por deputados, com o apoio de vereadores. Ainda assim, a piscina encontra-se inutilizada por falta de equipamentos básicos. “Estão faltando motores, e sabe quanto custa para consertar? R$ 2,5 mil. Comprar três motores reservas custaria apenas R$ 10 mil”, apontou.

Para Pelizaro, o problema é rápida resolução. “Veja se isso não é um problema de planejamento. O prejuízo é da população: primeiro porque precisa pagar novamente pelo reparo, depois porque fica sem o uso do equipamento. Isso prejudica muita gente. Não dá para aceitar que a situação continue assim”, disse, “Eu inclusive já fiz um requerimento cobrando a Prefeitura e é coisa de horas se quiser resolver o problema, mas infelizmente é um descaso total”, concluiu.

A reportagem do Portal GCN/Sampi enviou à Prefeitura de Franca na tarde dessa quarta-feira, 2, questões sobre a situação da piscina do Póli e sobre as denúncias do pai do atleta e do vereador, mas até a manhã desta quinta-feira, 3, não teve respostas.

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Comentários

1 Comentários

  • Silva 03/07/2025
    Culpa da má gestão da Secretaria de Esportes e Cultura, antiga FEAC