CASTELO DE AREIA II

Cadê Jonathan? Acusado de agiotagem segue foragido após 24 dias

da Redação
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Reprodução
Operação do Gaeco: procurado Jonathan Nogueira dos Santos Reis
Operação do Gaeco: procurado Jonathan Nogueira dos Santos Reis

Já se passaram 24 dias desde que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Castelo de Areia II, e Jonathan Nogueira dos Santos Reis, de 29 anos, continua foragido. Ele é o único dos investigados que ainda não foi preso e está na mira das autoridades, que seguem no seu encalço.

Com mandado de prisão temporária expedido pela 3ª Vara Criminal de Franca, Jonathan é acusado de integrar uma organização criminosa de agiotagem. Segundo o Gaeco, o esquema movimentou, apenas nos últimos quatro anos, aproximadamente R$ 31 milhões, sem contar os R$ 36 milhões relacionados a réus já condenados em etapas anteriores. Entre 2020 e 2024, Jonathan teria movimentado mais de R$ 6 milhões em contas bancárias.

As investigações apontam que ele fazia parte do núcleo financeiro do esquema, com depósitos de origem suspeita, padrão de transferências bancárias típico de lavagem de dinheiro e ligações diretas com nomes já condenados na primeira fase da operação.

Jonathan também é acusado de abrir uma empresa de fachada em nome da mãe para ocultar e lavar dinheiro do grupo. A denúncia diz que a mulher, por sua vez, tem um relacionamento com Everaldo Bastos Guimarães, um dos presos nesta segunda fase e que, conforme a apuração, também usava a conta da falsa empresa para movimentar valores do esquema.

Mesmo após a ofensiva do Gaeco, Jonathan conseguiu escapar e permanece em paradeiro desconhecido.

Advogado diz que Jonathan pretende se apresentar

O advogado Luiz Pires Moraes Neto afirmou que Jonathan está sendo representado por ele no processo e que a intenção é de se apresentar. “Quanto à questão da apresentação, sim. Tanto a intenção que, inclusive, já está sendo representado por mim na defesa, para se defender dos fatos imputados a ele".

Moraes Neto afirma que "a fragilidade da acusação é imensa". "Não há nenhum fato nos autos que seja concreto sobre questão de ameaça, ou de usura, ou de cobrança. O que tem nos autos é que houve movimentação financeira entre ele e alguns outros réus dos outros processos do Castelo de Areia."

O advogado declarou ainda que, em vez de o Ministério Público intimá-lo para esclarecimentos, “simplesmente eles entabularam uma história e atribuíram alguns fatos que não condizem com a realidade do Jonathan”.

Segundo ele, está sendo preparada documentação para justificar as movimentações. Ele também contestou a acusação de lavagem de dinheiro. "Não procedem essas acusações, tá? Porque assim, a movimentação financeira por si só tem que ser apurada a origem dos valores, tem que ter um crime anterior para falar em lavagem de dinheiro."

Ainda segundo o defensor, foi impetrado um habeas corpus no Tribunal de Justiça, questionando a competência da 3ª Vara Criminal de Franca. “O objetivo do habeas corpus impetrado é buscar a incompetência do juízo da Terceira Vara Criminal de Franca. Vamos aguardar essa análise." Sobre a atividade profissional de Jonathan, o advogado explicou: “ele compra e vende veículos”.

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Comentários

1 Comentários

  • Pacato Cidadão 27/06/2025
    Então... Para causar terror é um mestre. Para se preço é uma lady... Eu hein...