
O policial militar Tiago Morais Lopes, que matou o cabeleireiro Mateus Gustavo Silva, de 25 anos, foi expulso da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A decisão foi publicada no Diário Oficial em março deste ano, quase cinco anos após o crime, ocorrido em julho de 2020, na região Leste de Franca.
A expulsão foi determinada após um processo disciplinar conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar, que considerou a conduta de Tiago incompatível com a função pública. O ex-sargento, que atuava há 18 anos na corporação, agora está oficialmente fora do quadro da polícia.
Mesmo indiciado por homicídio qualificado, Tiago foi absolvido em júri popular realizado no dia 13 de junho do ano passado, no Fórum de Franca. A defesa alegou legítima defesa e sustentou que Mateus estava embriagado e teria ameaçado o policial ao entrar no carro.
Apesar da absolvição, o Tribunal de Justiça anulou a sentença do Fórum de Franca, e um novo julgamento deverá acontecer em breve.
O crime
A morte de Mateus aconteceu na madrugada de 11 de julho de 2020, no cruzamento das avenidas Brasil e Francisco Delfino dos Santos, no Jardim Paulistano. Imagens de câmeras de segurança flagraram toda a ação.
Nas imagens, Mateus aparece descendo de um carro Volkswagen Voyage junto com Tiago. Após uma breve discussão, o policial voltou ao carro e deixou o local. Minutos depois, retornou, circulou pela região e atirou contra o jovem, que morreu no local com dois tiros – um nas nádegas e outro nas costas.
Momentos antes de ser morto, Mateus ligou para o 190 afirmando que estava sendo seguido por um carro prata e que o motorista estava armado.
Após o crime, Tiago se apresentou na sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e alegou que reagiu a uma tentativa de assalto. A versão foi contestada pela família, que classificou o caso como uma execução.
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