
Em meio ao cotidiano de Franca e região, dois casos seguem sem respostas e geram comoção: os desaparecimentos de Rosinai Cardoso de Oliveira, de 44 anos, produtora de queijos de Cristais Paulista, e Geni Marques de Morais, de 55 anos, que morava há poucos meses em Franca. Ambos os casos são cercados de mistérios e seguem sem desfecho.
Rosinai: mais de um ano de silêncio após incêndio misterioso
No dia 3 de maio de 2024, a casa de Rosinai, localizada às margens da Rodovia Manoel Carrijo, no km 21, foi consumida por um incêndio. No local, estavam seus dois carros, seus chinelos, produtos alimentícios que vendia e a porta da casa aberta. Rosinai havia sido vista pela última vez tomando café na casa de um tio, poucas horas antes do fogo começar.
Apesar da destruição da residência, os bombeiros indicaram que não havia indícios de que Rosinai estivesse sob os escombros. As investigações envolveram a Polícia Civil, mas nenhum vestígio do paradeiro da mulher foi encontrado até hoje.
A família, mergulhada na dor e na incerteza, cobra respostas. "Temos direito de saber o que aconteceu. Minha irmã era guerreira, alegre, querida por todos", disse a irmã, Eliana Soares de Oliveira.
Um ano após o desaparecimento, o pai de Rosinai sofreu um AVC, e acabou morrendo, agravando ainda mais o sofrimento familiar.
Apesar de boatos, a polícia descartou envolvimento do ex-marido, que já havia sido denunciado por violência doméstica. A família segue clamando por justiça e por avanços na investigação.
Informações anônimas podem ser repassadas pelo Disque-Denúncia (181).
Geni: desaparecida após atendimento médico
O caso de Geni Marques de Morais, de 55 anos, desaparecida desde 16 de fevereiro de 2025, também desafia as autoridades. Natural de Ribeirão Preto, ela havia se mudado para Franca em novembro do ano passado e estava hospedada em uma pousada no Centro da cidade.
Funcionários do local relataram que Geni passou três dias reclusa no quarto, segurando uma bíblia e usando um véu na cabeça, em estado emocional alterado.
Diante do comportamento incomum, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e ela foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto.
Na unidade de saúde, Geni recebeu atendimento médico, mas deixou o local por vontade própria, sem informar o destino. Desde então, não foi mais vista.
A irmã, Genilda Gomes de Morais, busca incansavelmente por respostas. Ela tentou acessar o prontuário médico e as imagens das câmeras de segurança da UPA, mas teve o pedido negado por questões legais.
A Prefeitura de Franca, através da Secretaria de Saúde, informou que Geni recebeu atendimento e, posteriormente, deixou o local por vontade própria
A família disponibilizou um telefone para contato direto: (16) 99627-9632, além dos canais da Polícia (190) e Disque-Denúncia (181).
Mistérios não resolvidos
A Secretaria Estadual de Segurança Pública foi acionada e ainda não retornou o contato. Assim que o fizer, este texto será atualizado.
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