A Justiça Eleitoral de Pedregulho anulou os votos conquistados pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) na eleição municipal de 2024, em sentença proferida na última quarta-feira, 30. Segundo ação do Ministério Público Eleitoral, o partido registrou candidatura fictícia para cumprir a cota de gênero, que exige o mínimo de 30% de cada sexo.
De acordo com o MP, a candidatura fictícia é de Ângela Maria Ferreira Santana, que, além de não ter se dedicado à campanha eleitoral, não obteve nenhum voto - sequer votou em si mesma - e não prestou contas de sua campanha.
A candidata afirmou no processo que seu comportamento durante a campanha foi influenciado pela dor do divórcio. Disse ainda que, no dia da eleição, ao chegar para votar, viu o ex-marido na fila, o que a perturbou emocionalmente e a levou a anular o voto.
Resultado
Ângela e o presidente do PSB/Pedregulho, Ademir Paulo de Souza, estão inelegíveis por oito anos.
A Justiça anulou os votos recebidos pelo PSB para vereador na cidade. Com isso, a contagem dos quocientes eleitoral e partidário será refeita conforme o Código Eleitoral.
O PSB conseguiu eleger um vereador para a Câmara Municipal, Cristiano Alves de Macedo, que deve ser afetado pela decisão judicial. A reportagem tentou contato com o vereador para comentar a sentença e informar quais medidas pretende tomar, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.
A sentença foi decretada pelo juiz eleitoral Luiz Gustavo Giuntini de Rezende.
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