
Astolfo Reis, de 40 anos, pode comemorar um novo aniversário: o dia 21 de abril. Na data, última segunda-feira, ele sobreviveu a uma queda de pelo menos 25 metros enquanto fazia trilha na região da “Igrejinha”, em Claraval (MG). Bombeiro civil, Astolfo escorregou em uma área de penhasco e despencou em meio à vegetação. Apesar da gravidade do acidente, ele teve “apenas” uma luxação no braço esquerdo e um rompimento no pulso direito, que exigiu cirurgia.
O francano recebeu alta no dia seguinte após atendimento na Santa Casa de Franca e contou os detalhes da experiência. “Foi um erro meu, um excesso de confiança. Acabei escorregando e caí. Semana que vem, quando tirar as faixas do braço, quero voltar lá só pra ver exatamente a altura. Mas posso garantir que são, no mínimo, 25 metros”, relatou Astolfo.
O resgate foi feito por amigos trilheiros, que estavam na mesma região e agiram rapidamente. Com uma maca de tecido que o próprio Astolfo carregava na mochila, os companheiros conseguiram retirá-lo de uma área de mata densa e fechada até o ponto de encontro com o Samu, que o transportou até a ambulância com uma maca rígida.
Segundo Astolfo, todo o processo de resgate — desde a queda até a chegada ao hospital — levou cerca de 3 a 4 horas. Ele aproveitou para fazer um apelo sobre a falta de prontidão das equipes de emergência, especialmente o Corpo de Bombeiros de Franca, que, segundo ele, se recusou a atender o chamado por estar fora dos limites do Estado de São Paulo.
“É um descaso. Eu estava a apenas dois quilômetros do perímetro urbano de Franca, e mesmo assim disseram que não podiam atender, porque tecnicamente era Minas Gerais. Aí mandam acionar Alfenas ou Passos, que ficam a mais de 100 km. Não faz sentido. Poderia ser um acidente com um trator, uma máquina. A emergência tem que ter mais coordenação nesses pontos geográficos”, desabafou.
Apesar da indignação, Astolfo segue em recuperação em casa e não esconde a gratidão por ter sobrevivido. “Ganhei um novo aniversário”.
Aventuras sobre duas rodas: de Franca ao Atacama em uma Pop-100
Conhecido por seu espírito aventureiro, Astolfo não é estranho a desafios extremos. Em fevereiro deste ano, ele protagonizou uma jornada impressionante: partiu de Franca pilotando uma modesta Honda Pop-100 e percorreu cerca de 7 mil quilômetros até o deserto do Atacama, no Chile, e retornou. A viagem, realizada em 13 dias, foi marcada por improvisações, como a adaptação de um tanque reserva de combustível, e pela superação de condições climáticas adversas, com temperaturas variando de 6°C a 40°C.
Leia mais: De Franca ao Atacama: a aventura de um francano em uma Pop-100
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Comentários
3 Comentários
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Indignada 27/04/2025Se fosse o manipulador golpista INELEGÍVEL já tinha acionado Helicóptero , jato , bombeiros, SAMU , SUS , ambulâncias das regiões, PMs, Exército, cachorro farejadores , mais como somos simples contribuintes de impostos pagando as mordomias para esses políticos corruptos não temos direto a nada . Se virem nós!!!! E ainda tem milhões defendendo o Réu COVARDE ... Esse sim usou muito bem tudo que podia p fazer da UTI um picadeiro de circo aproveitando seu \" Estado\" palhaçada.
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Geraldo Gomes 26/04/2025Parece aqueles filmes de cowboy que os bandidos assaltantes de banco fugiam á cavalo di xerife e precisavam apenas atravessar a ponte da divisa de estado pro xerife frear o seu cavalo e dar meia volta enquanto os bandidos riam do outro lado da ponte. Esse acidente poderia ter sido fatal se a burocracia persistisse em sobrepor a emergência do caso, uma burocracia que beira muito o crime de omissão de socorro. Fosse eu o socorrista paulista eu teria, sim, desobedecido essa norma burocrática e teria ido, sim, fazer o socorro de emergência que essa vítima precisava com urgência. Depois que se resolvesse esse entrave burocrático, uma vida sobrepõe qualquer valor burocrático, ou não?.
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APARECIDO DONIZETE NUNES 26/04/2025Nasceu de novo sim , esse lugar é perigoso, ainda mais que choveu muito naquela região, só uma observação, Airton Senna morreu pelo excesso de Confiança.