Um morador de Bauru, de 41 anos, caiu em um golpe, nesta terça-feira (15), em que estelionatários se passam por agentes das polícias Federal (PF) e da Civil para obter dados pessoais e bancários por meio de uma falsa audiência realizada por chamada de vídeo. A vítima registrou um boletim de ocorrência (BO) para preservação de direitos, uma vez que ainda não tem ideia se houve prejuízos financeiros ou de outra natureza.
Segundo relatou no plantão policial, ele recebeu um telefonema de uma pessoa que se identificou como agente da Polícia Civil de Brasília (DF), informando sobre uma investigação em seu nome relativa a um processo de desvio e lavagem de dinheiro. De forma convincente, forneceu números de supostos processos e nomes de outros envolvidos. Nessa ligação, o criminoso disse que o bauruense precisaria comparecer a uma audiência presencial na capital federal.
Ainda de acordo com o BO, a vítima afirmou que não teria meios nem condições para ir até Brasília. Neste momento, o golpe entrou em uma segunda fase. O estelionatário oferece uma opção: participar de uma chamada de vídeo, porém com um suposto agente da Polícia Federal, também de Brasília, que estaria ciente do caso. Ele, então, manteve contato com o falso servidor federal pelo WhatsApp, com DDD 61.
A audiência por chamada de vídeo foi realizada. “Disseram para mim que eu tinha R$ 90 milhões vinculados ao meu CPF. Eu fiquei em pânico. Nunca tive dinheiro em lugar algum e tudo aquilo foi muito assustador”, descreveu a vítima no BO.
O morador de Bauru, acreditando tratar-se de uma audiência oficial, forneceu foto, mostrou documentos e apresentou todas as suas contas bancárias. Após o término da chamada, ele procurou familiares, que suspeitaram de golpe.
O declarante também informou no registro feito na delegacia que procurou a sede da Polícia Federal em Bauru. No local, confirmou que não existe esse tipo de procedimento e foi orientado a procurar o plantão da Polícia Civil para registrar o caso. As autoridades, inclusive, reforçam que a população nunca deve fornecer dados por meios digitais e que, em caso de dúvida, o recomendável é encerrar a ligação suspeita e procurar pessoalmente as sedes da PF ou da Polícia Civil.
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