COMÉRCIO EXTERIOR

Em ‘guerra’ comercial com Estados Unidos, China elogia Embraer

Por Da redação | Pequim
| Tempo de leitura: 2 min
Ricardo Stuckert / PR
Lula e Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer: apoio para venda de aviões na China
Lula e Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer: apoio para venda de aviões na China

Um dia após a notícia do serviço financeiro Bloomberg de que as companhias aéreas chinesas suspenderam a compra de aviões da americana Boeing a pedido de Pequim, o porta-voz do Ministério do Exterior da China, Lin Jian, elogiou a brasileira Embraer.

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“Gostaria de salientar que o Brasil é um importante país da aviação, e a China atribui grande importância à cooperação prática com o Brasil em vários campos, incluindo a aviação”, disse ele, em entrevista coletiva nesta quarta-feira (16). A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.

“A China está satisfeita em ver que as companhias aéreas chinesas realizam uma cooperação relevante com o Brasil, de acordo com os princípios do mercado”, acrescentou o porta-voz.

A Embraer, com apoio do governo brasileiro, inclusive em visitas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros, vem buscando fechar uma venda de cerca de 20 jatos de aviação civil para uma companhia regional chinesa.

Após a notícia sobre a Boeing, as ações da empresa brasileira apresentaram forte alta na Bolsa de Valores de São Paulo, na terça-feira (15), subindo cerca de 4%.

Em entrevista coletiva anterior, o porta-voz Lin Jian já havia feito um comentário sobre as relações da China com a América Latina. Foi após uma crítica do secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, que descreveu os investimentos chineses em alguns países emergentes como "vorazes".

“O funcionário dos EUA fez essas observações na América Latina”, disse o porta-voz. “Permitam-me salientar que a China empreende uma cooperação prática com os países da América Latina e do Caribe com base no respeito mútuo, na igualdade e no benefício mútuo, o que impulsionou muito o desenvolvimento socioeconômico nos países e foi bem recebido e elogiado por eles”.

Acrescentou que “a intimidação e a pilhagem de longa data dos EUA deixaram a América Latina com veias abertas, e os EUA não estão em posição de apontar o dedo para a cooperação entre a China e os países”.

* Com informações do jornal Folha de S.Paulo

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