Na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa, a situação é ligeiramente mais tranquila para a atual deputada estadual Delegada Graciela, que deve buscar o terceiro mandato consecutivo. Como principal liderança do PL na região e muito próxima do governador Tarcisio de Freitas (Republicanos), ela tem prioridade, o que deve fechar as portas, pelo menos na legenda, para João Rocha. A opção de Rocha seria mudar de partido, mas é operação delicada e que pode esbarrar nos interesses de outros possíveis candidatos nas demais legendas.

A empresária Flávia Lancha, que acumula uma sucessão de derrotas, tem apostado numa estratégia de “tik-toker” e “influencer” para levar suas ideias adiante, aparentemente, sem sucesso ou adesão junto ao eleitorado. O percentual conferido a ela torna bastante improvável sua vitória. No tempo que resta para a campanha, ela terá que se reinventar se quiser colocar um fim à sua coleção de fracassos eleitorais, até porque ela não é novidade e os números apontados mostram que ela tem dificuldades para convencer os eleitores sobre sua própria viabilidade.

Os demais nomes da pesquisa estão, neste instante, muito distantes de conseguir os votos necessários para colocá-los em condição de, pelo menos, sonhar com uma vaga na Assembleia Legislativa.

Sem deputados federais há anos, nada indica que o desafio será menor para Franca e região na próxima disputa. O nome que lidera o cenário para deputado federal, Dr. Ubiali, aparece com pouco mais de 13% das intenções de voto, o que garantiria a ele cerca 20 mil a 25 mil votos, quatro vezes menos do que o necessário para ser eleito, com sorte.

Vale o mesmo raciocínio para o delegado Davi e também para o atual deputado estadual Guilherme Cortez. Candidato natural a reeleição na Assembleia Legislativa, Cortez admitiu no final do ano passado que pensa em disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados – por isso, ele foi incluído na disputa para Federal e, não, para Estadual.

Apesar de Cortez ter mais votos fora de Franca do que na cidade, os 10% de votos que receberia aqui se a eleição fosse hoje são insuficientes, neste momento, para tornar a possibilidade real. Isso porque sairia de Franca com alguma coisa próxima de 20 mil votos e precisaria conseguir entre 50 e 70 mil votos fora da cidade, número alto, mesmo para o Psol.

Obviamente, são apenas hipóteses, porque a disputa por uma cadeira de deputado federal ou estadual não é uma corrida onde vence quem chega na frente. Depende do quociente eleitoral, de quantos eleitos cada partido consegue, do número de votos que os candidatos angariam fora de Franca, dos votos da próprio cidade que são direcionados para candidatos de outras regiões, entre outros fatores. Mas a pesquisa GCN/Sampi é o primeiro levantamento técnico que ajuda a lançar luz sobre as chances – e os desafios – que esperam aqueles que desejam representar a cidade na Assembleia Legislativa, em São Paulo, ou na Câmara dos Deputados, em Brasília.

A pesquisa GCN/Sampi foi realizada pelo instituto Ágili entre os dias 31 de março e 3 de abril. Foram entrevistados 575 eleitores de Franca com 16 anos ou mais, estratificados por sexo, idade, faixa de renda, escolaridade e região de residência. A margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada e custeada pelo portal GCN, com recursos próprios.