
A Justiça negou mais um pedido de habeas corpus de integrantes da quadrilha de agiotagem desmantelada pela operação Castelo de Areia, em Franca. O pedido mais recente foi analisado nesta quinta-feira, 27. As decisões mantêm os acusados presos e reforçam a gravidade das acusações contra o grupo criminoso.
A 8ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Douglas Guimarães, condenado por integrar organização criminosa. A decisão, assinada pelo desembargador relator Marco Antônio Cogan e deferida pelo colegiado, mantém Douglas preso. Caso o pedido fosse aceito, poderia beneficiar outros seis condenados do mesmo grupo.
Condenação
A quadrilha foi condenada em 19 de janeiro pela 3ª Vara Criminal do Fórum de Franca. Os sete acusados receberam penas de 20 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, usura, corrupção ativa e passiva. Além de Evanderson e Douglas Guimarães, foram condenados Ezequias Bastos Guimarães, Ronny Hernandes Alves dos Santos, Rogério Camilo Requel (ex-policial civil), Bruno Bastos Guimarães e Leomabio Paixão da Silva.
O juiz Orlando Brossi Júnior determinou ainda o confisco de valores bloqueados das contas dos réus e de cinco imóveis adquiridos com dinheiro ilícito. As investigações apontaram que a quadrilha movimentou aproximadamente R$ 36 milhões, aplicando juros abusivos e usando ameaças e violência contra os devedores. Parte dos lucros foi reinvestida na continuidade do esquema, enquanto o restante era usado na aquisição de bens para lavar o dinheiro obtido ilegalmente.
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