ENTENDA

Sem aumento real, servidores declaram estado de greve em Franca

Por Pedro Baccelli | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Divulgação/Sindserv
Assembleia dos servidores públicos municipais deste sábado
Assembleia dos servidores públicos municipais deste sábado

Estado de greve entre os servidores públicos municipais! Sem nova proposta de reajuste salarial da Prefeitura de Franca, que pretende repor apenas a inflação, a categoria decidiu pelo estado de greve na assembleia deste sábado, 22, na sede do Sindserv (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Franca e Região).

A administração municipal e o sindicato se reuniram na sexta-feira, 21. O Executivo manteve a proposta e segue oferecendo apenas 4,87% de reajuste, cobrindo a inflação de 1º de março de 2024 a 28 de fevereiro de 2025, sem aumento real.

O sindicato apresentou a proposta da Prefeitura na assembleia deste sábado. Cerca de 150 trabalhadores participaram do encontro e a rejeitaram. Sem acordo, a categoria decidiu entrar em estado de greve — condição de preparação para uma greve.

"Cumpriremos todos os ritos e aguardaremos uma posição da Prefeitura. Se, no decorrer do tempo, ela nos chamar para alguma reunião ou nos apresentar alguma posição (cancelaremos a greve). Caso contrário, quando estivermos todos organizados, poderemos entrar em greve", disse o presidente do Sindserv, Fernando Nascimento.

Segundo Nascimento, cartazes sobre o estado da greve serão fixados em todos os prédios públicos. Se não houver acordo, uma nova assembleia será realizada para decidir se a greve dos servidores municipais ocorrerá. A categoria é formada por mais de 5,3 mil trabalhadores.

Projeto de reajuste pautado na Câmara

Apesar de não haver acordo entre Prefeitura e sindicato, o projeto de lei sobre o reajuste salarial e dos benefícios está pautado para votação na próxima sessão ordinária da Câmara Municipal, na terça-feira, 25.

O texto propõe reajustar os salários em 4,87%, sem aumento real. A administração municipal ofereceu 5% de aumento no vale-alimentação, passando dos atuais R$ 986 para R$ 1.036, e no abono escolar, de R$ 367,65 para R$ 386,04 em 2026. Além disso, a manutenção das seis faltas abonadas por ano.

O projeto é o mesmo que a Prefeitura de Franca tentou colocar em regime de urgência para votação na sessão ordinária de terça-feira, 18. No entanto, para que ele tramitasse em urgência, eram necessárias dez assinaturas — número que a base governista não conseguiu alcançar. Desta forma, o texto, que repunha apenas a inflação, não foi votado.

Os valores estão abaixo dos reivindicados pelo Sindiserv. A categoria solicitou um aumento real de 4,13%, além da inflação de 4,87%, totalizando um reajuste de 9% no salário. Para o cartão-alimentação, é solicitado o valor de R$ 1.340. Os sindicalistas concordam com o reajuste de 5% no abono escolar, mas reivindicam a criação de um vale-refeição no valor de R$ 15 por dia trabalhado.

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Comentários

6 Comentários

  • 2 dias atrás
    Aumentou o contrato da coleta de lixo... aumentou o subsídio da São José, aumentou o numero de assessores na câmara municipal e é o servidor que paga o pato...
  • Hals 2 dias atrás
    Se os coitados dos Servidores públicos não fizerem greve, esse cara não dará nada de aumento. E olha que ele tbm é servidor em, atirando no próprio pé. E agora pra piorar esse desgoverno, ele vai IMCORPORÁ NO PRÒPRIO SALÁRIO< O VALE ALIMENTAÇÃO< PRA ELE E PARA OS SECRETÁRIOS, é brincadeira um negócio desse em, pra dar aumento não tem, mais se pro lado dele sempre tem neh....É de cair o queixo com esse desgoverno...
  • \"L\" 3 dias atrás
    Fazendo o \"L\" aí companheiros. Pelo menos o filé Miau prometido pelo Lules está garantido ?
  • José 3 dias atrás
    Todo apoio ao sindicato que façam greve!!!!
  • Belizaro 3 dias atrás
    Toda vez é isso, os pelegos do sindicato publicam que foi feito um acordo com os empregadores, e sabe-se lá o quanto esses pelegos levaram por esse acordo que eles publicaram, mas a classe mesmo não concorda com o tal do acordo. Sindicatos viraram oportunidades para os seus diretores ganharem por fora pra forçar acordos, mas em sapateiros, os bancários, motoristas profissionais, enfermeiros, frentistas, e funcionários municipais e trabalhadores de outras classes são traídos pelos diretores dos seus sindicatos.
  • Larissa Carrijo 3 dias atrás
    O servidor nunca recebe valorização pelo seu trabalho, seja pelo aumento abaixo da inflação real ou por um plano de carreira pra quem de fato trabalha. Uma vergonha! E seguem as pessoas velhas improdutvas ocupando espaço do funcionário com afinco.