
Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram entrar em greve a partir do dia 25 de abril. A decisão foi tomada em assembleia realizada na última sexta-feira (21), no centro da capital paulista. A categoria reivindica reajuste salarial, novas contratações e melhores condições de trabalho.
A mobilização é organizada pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deve contar com atos em diferentes cidades, inclusive Franca. Até o início da greve, os docentes planejam ações como carreatas, aulas abertas, coleta de assinaturas e campanhas nas redes sociais.
Reivindicações da categoria
Entre as principais demandas dos professores, está o reajuste imediato de 6,27% no salário-base, seguindo o Piso Salarial Profissional Nacional. Além disso, a categoria pede:
• Contratação de mais professores efetivos para reduzir a precarização dos contratos temporários.
• Reforma da carreira profissional.
• Revogação da lei complementar 1374/22 sobre o estágio probatório.
• Descongelamento do reajuste de 10,15% no STF.
• Melhor infraestrutura nas escolas, incluindo climatização das salas de aula.
• Reabertura de turmas fechadas, especialmente no período noturno, para evitar a superlotação.
• Educação especial: contratação de professores auxiliares e demais profissionais sem terceirização
• Alimentação dos professores dentro das escolas estaduais
O calendário da greve aprovado prevê:
A partir de 24 de março
- De 24 a 31 de março intensificar campanha contra escolas cívico-militares.
- Retomar e intensificar visitas às escolas
- Realizar articulações, estaduais e regionais, com os estudantes, organizar atividades comuns, bem como com movimentos sociais
- Realizar atividades de rua, como aulas públicas, carreatas, panfletagens
- Organizar abaixo-assinado da comunidade escolar e população em apoio à Educação pública
- Prosseguir campanha de mídia
- Realizar um dia estadual de "faixaço" nas rodovias
A partir de 30 de março
- 30 de março - participar da manifestação contra anistia aos golpistas e em defesa da Democracia 13 horas - Praça Os-valdo Cruz
- De 8 a 11 de abril - realizar assembleias regionais
- De 22 a 24 de abril - intensificar o diálogo com a comunidade
A partir da greve
- 25 de abril - Dia de Greve e Assembleia Estadual
- 27 de abril - realizar Tributo à Educação com artista convidados
- Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública da CNTE
- Participar do plebiscito popular pela isenção do IR até R$ 5 mil e taxação dos milionários, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, pelo fim da escala 6X1
Posicionamento do governo
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que mantém diálogo aberto com a categoria e destacou avanços recentes. Segundo a pasta, foram contratados 15 mil novos professores aprovados em concurso público, sendo que parte deles já começou a atuar.
O governo também argumenta que tem investido na valorização dos docentes e na melhoria da estrutura das escolas, mas não confirmou a possibilidade de conceder o reajuste solicitado pelos professores.
Nota do sindicato dos professores estaduais:
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) está organizando uma greve para o dia 25 de abril, conforme decidido na assembleia realizada em 21 de março. A Secretaria da Apeoesp Articulação Sindical Franca e Professora Graciele Alves Ferreira emitiu uma nota oficial sobre essa decisão.
"A greve foi convocada em resposta às recentes políticas educacionais implementadas pelo governo estadual, que, segundo a Apeoesp, afetam negativamente as condições de trabalho dos professores e a qualidade do ensino público", afirmou Graciele.
A secretaria da Apeoesp Franca e professora Graciele, junto ao diretor Edivaldo Máximo e Coordenador Carlos Rogério solicita a adesão massiva dos professores à greve e orienta sobre a importância de manter a união da categoria durante o movimento.
Próximos passos
A greve está marcada para começar no dia 25 de abril, quando uma nova assembleia será realizada para decidir se a paralisação seguirá por tempo indeterminado. A expectativa é de que o movimento ganhe força com o apoio da comunidade escolar e de outros sindicatos.
Enquanto isso, pais e alunos demonstram preocupação com a interrupção das aulas, mas muitos apoiam as reivindicações dos professores. “O que eles pedem é justo, a educação precisa de investimentos e melhores condições para os profissionais”, afirma Ronilson Pimenta, pai de uma estudante da rede estadual.
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Comentários
7 Comentários
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Ana 10 horas atrás#REVOGAA115
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Roberto Santos 2 dias atrásFAZOÉLE KKKKKKK
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Darsio 2 dias atrásCertamente o Wilson não teve bons professores, pois se tivesse tido não seria esse imbecil que demonstra ser. Aliás, o fato do país estar infestado desses acéfalos, neofascistas , neonazistas e devotos de mito ladrão de joias e golpista, mostra claramente que a educação no país está falida. Seria o Wilson mais um desses pobres de direita que adoram se agarrar as genitálias de seus patrões? Seria um desses grandes empreendedores que fabricam um sapatinho aqui e outro acolá? Ou mais um desses fracassados que não conseguem passar em um concurso público e, portanto, preferem criticar os que conseguem ser aprovados? Ou ainda mais um desses vagabundos que vivem as custas dos pais?
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Helio 3 dias atrásTem uma classe que não tem problema nenhum em burlar as leis e ganhar mais do que o teto máximo que as leis permitem, 37% desses salários em penduricalhos que não incidem imposto de renda, e são esses mesmo que julgam as greves dos professores. O duro é isso.
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Wilson Alob 3 dias atrásTurma canhota atacando novamente!!!
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APARECIDO DONIZETE NUNES 3 dias atrásAQUI EM FRANCA PROFESSORES MORREM DE MEDO DE GREVE .
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Darsio 3 dias atrásÉ sem a menor dúvida a pior gestão da educação. Um secretário que, não possui a mínima formação em educação e que trata alunos e professores como meros números, concebendo uma escola como se fosse uma empresa e, não se contém em utilizar do assédio moral contra os professores. Não são poucos os professores próximos de se aposentarem que recebem cerca de dois salários mínimos, depois de décadas de trabalho. O secretário gastou milhões de reais em aplicativos muito mais para agradar os amigos do mercado do que para melhorar as condições da educação paulista. Debochou do livro didático, mas seu material é ridículo. São Paulo paga um dos piores salário base do país e, os resultados no SAEB são mais baixos do que muitos estados. E, olha que Feder não se cansa de mascarar as estatísticas, mas aí vem o SAEB e a farsa é revelada.