
Era para ser apenas mais um dia normal na vida da família de Bruna Câmara, gerente comercial de 36 anos. Léo, seu filho de apenas 3 anos, foi para a creche como de costume, brincou, sorriu e comeu pizza na noite anterior. Mas, em uma quinta-feira, tudo mudou. A creche ligou avisando que o pequeno estava muito amarelo e com febre alta. O que parecia uma simples virose revelou-se um dos maiores pesadelos para qualquer mãe: leucemia.
A correria começou. Bruna e o marido, Luis Gustavo, 36, pegaram o filho e o levaram ao hospital, onde um médico plantonista, ao examiná-lo, deu a notícia devastadora. "Seu filho está com leucemia." A partir dali, a família embarcou em uma batalha incansável pela vida do pequeno Léo.
Uma mãe de joelhos e um anjo no hospital
No meio do desespero, Bruna recebeu um telefonema que lhe deu um novo rumo: "Os planos de saúde são obrigados a atender casos suspeitos de leucemia. Se não quiserem atender, chama a polícia". Com essa informação em mãos, foi até o médico e explicou a situação. "Fica tranquila, mãe, se precisar, eu mesmo chamo a polícia." O doutor Pedro, como ela diz, foi um verdadeiro anjo, movendo céus e terras para garantir o atendimento ao pequeno.
A luta estava apenas começando. Léo precisava de transfusões de sangue e plaquetas urgentes, mas a cidade de Franca não tinha suporte adequado dentro do convênio. Era preciso transferi-lo para Ribeirão Preto, onde haveria o suporte necessário. Por horas, a família viveu a angústia da espera, vendo o menino em um leito de hospital, fraco, pálido e assustado.
"Eu tive várias crises de ansiedade dentro do hospital. Meu filho nunca tinha sido internado. Eu e meu marido ficamos sem chão, sem saber o que fazer", relembra Bruna.
Na sexta-feira à noite, Léo finalmente foi transferido para Ribeirão Preto. Chegou diretamente na UTI, onde passou cinco dias. No domingo, fez o mielograma, exame essencial para confirmar o diagnóstico. O resultado veio: Leucemia Linfoide Aguda (LLA). Uma notícia que transformou completamente a vida da família.
Esperança em meio à tempestade
Foram 15 dias de internação, um verdadeiro pesadelo. Bruna, Luis Gustavo e o pequeno Léo reaprenderam a viver. "Eu costumo falar que a gente aprende a viver um dia de cada vez. Desde que tudo aconteceu, eu fico 24 horas por dia com ele. Vejo todas as fases: as boas, as difíceis, as descomplicadas."
Com o retorno para casa, vieram novos desafios. Léo passou por mais de 12 procedimentos cirúrgicos e recebeu mais de 25 bolsas de sangue e 20 de plaquetas. Os ciclos de quimioterapia exigiam três viagens semanais a Ribeirão Preto. No início, nem carro tinham. Contaram com a solidariedade de amigos e desconhecidos, que ajudaram com transporte, doações e oracões.
Uma corrente de solidariedade
"Pegou a gente de surpresa. As contas venceram, aluguel, tudo se acumulou. Nossa família está em Franca e não podia estar com a gente fisicamente. Foi muito difícil, mas recebemos a ajuda de muitas pessoas”, contou Bruna.
Para seguir com o tratamento, a família criou uma vaquinha online, onde qualquer um pode contribuir para aliviar os custos com transporte, medicamentos, alimentação e fraldas. "Ele ainda usa fralda, a alimentação tem que ser muito regrada, a higiene também. Tudo exige muito cuidado”, relatou
Mas, mesmo diante de tantos desafios, a fé de Bruna permanece inabalável. "Lá atrás, quando descobrimos, pus meu joelho no chão e entreguei nas mãos de Jesus. A cura do meu filho está nas mãos Dele, e eu tenho certeza de que vamos receber essa bênção."
A história de Léo é um retrato da força e da resiliência diante de uma batalha difícil. Desde o diagnóstico até o início do tratamento, cada dia tem sido um desafio para a família, que se vê diante de dificuldades emocionais e financeiras. O apoio de amigos, familiares e até desconhecidos tem sido essencial para que Bruna e seu marido consigam enfrentar essa jornada ao lado do filho.
Para ajudar no tratamento de Léo, foi criada uma campanha de arrecadação de fundos. Quem desejar contribuir pode fazer uma doação para a vaquinha "Ajude o Leo no tratamento contra a LLA (Leucemia Linfoide Aguda)". As doações podem ser feitas via Pix para a chave 5310512@vakinha.com.br ou pelo site do Vakinha clicando aqui.
Qualquer valor pode fazer a diferença na luta de Léo pela recuperação.
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