
A cidade de Batatais, na região de Franca, adotou uma nova estratégia para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Pela primeira vez, 252 armadilhas foram espalhadas pelo município com o objetivo de capturar fêmeas grávidas e permitir um mapeamento detalhado da infestação.
A secretária de Saúde, Bruna Toneti, afirma que o sistema utiliza um atrativo sintético que induz as fêmeas a depositarem ovos. "A cada inspeção, os insetos coletados são encaminhados para análise em laboratório, onde passam por processos de identificação e estudos genéticos. Esse acompanhamento abrange a avaliação da virologia do mosquito, determinando se ele está contaminado com o vírus da dengue, incluindo seus diversos sorotipos, e se há detecção do vírus da chikungunya".
Como funciona o monitoramento?
As armadilhas, instaladas com autorização dos moradores, retêm as fêmeas em um adesivo especial, facilitando a coleta sem o uso de substâncias tóxicas. Os agentes de saúde fazem, posteriormente, visitas para inspeção e análise dos insetos capturados.
Com os dados obtidos, a Secretaria Municipal de Saúde pode direcionar as ações de combate com maior precisão, focando nas áreas de maior risco de surtos.
Segundo a Secretaria, somente as fêmeas transmitem as doenças, já que os machos se alimentam de néctar e seiva de plantas. Uma única fêmea pode colocar até 70 ovos por postura, realizando até dez posturas ao longo de um ano.
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