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Estudo do transporte prevê passagem a R$ 4 e subsídio de R$ 18 mi

Por Corrêa Neves Jr. | Editor do GCN
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Uma reunião técnica, com a participação do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), na manhã desta quarta, discutiu pontos que ainda precisam de ajustes
Uma reunião técnica, com a participação do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), na manhã desta quarta, discutiu pontos que ainda precisam de ajustes

O estudo contratado pela Prefeitura de Franca e realizado pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) para servir de base para o edital do novo sistema de transporte coletivo prevê uma tarifa de R$ 4 - hoje o valor é de R$ 5, portanto, haverá uma redução de 20% -, a manutenção de todas as atuais gratuidades já previstas em lei, uma frota de 65 ônibus e um subsídio - valor transferido pela Prefeitura para custear o sistema - estimado em R$ 18 milhões a R$ 20 milhões.

Os dados serão apresentados em audiência pública na noite desta quarta-feira, 12. Uma reunião técnica, com a participação do prefeito Alexandre Ferreira (MDB), na manhã desta quarta, discutiu pontos que ainda precisam de ajustes. O Portal GCN/Sampi teve acesso com exclusividade ao documento final.

“Desde que decidi enfrentar e tentar resolver este problema, tinha duas grandes preocupações. Uma, manter as gratuidades que já existem. A outra, reduzir o preço da passagem. Deu muito trabalho, mas acredito que chegamos a um modelo interessante”, disse o prefeito Alexandre Ferreira.

Segundo ele, o Orçamento do município para este ano tem espaço reservado para o subsídio. “Tivemos esta preocupação. Não adianta prometer uma coisa que não temos como pagar. Nos níveis que estabelecemos, a cidade dá conta”, afirmou.

Ônibus elétricos, com ar-condicionado, interligação com vans para bairros menos populosos ou a mudança do terminal central ficam de fora do novo sistema. “Gostaríamos de fazer mais. Infelizmente, não há recursos para isso. Seria irresponsabilidade”, disse o prefeito.

O desafio é ver se, com a tarifa mais baixa para quem paga, novos usuários voltarão a utilizar o transporte coletivo, o que justificaria, ao menos, o aumento do número de veículos e, como decorrência, diminuiria os intervalos e a espera. “Para isso, precisamos ter mais passageiros pagantes. Se não, a conta não fecha”.

O prefeito disse também que vai dedicar atenção às punições previstas para eventuais descumprimentos do contrato ou falhas da empresa encarregada de operar o sistema. “Do jeito que é hoje, não temos como fazer muita coisa. Precisamos ter no contrato garantias efetivas de responsabilização”, disse o prefeito.

A previsão é que, depois da audiência pública, aconteça ainda uma consulta pública para discutir o edital. A publicação deve acontecer no início de junho. A expectativa é atrair empresas de todo o Estado para participar do certame, que deve ser realizado na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. Só quando for feita a publicação do edital é que a São José será notificada formalmente do rompimento do contrato. Não há impedimentos legais para que ela participe da nova licitação.

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Comentários

1 Comentários

  • Francano 2 dias atrás
    Eu sabia que toda essa novela de licitação, pesquisa de satisfação, debates era somente para enganar o povo é terminar no subsídio que será pago para a empresa de transporte público.