O diretor do IML (Instituto Médico Legal), de Ribeirão Preto, Diógenes Tadeu de Freitas Cardoso, concedeu entrevista, nesta sexta-feira, 21, para informar sobre o trabalho de identificação dos corpos das vítimas da tragédia entre um caminhão e um ônibus que trasporava universitários de São Joaquim da Barra. O acidente ocorreu na noite dessa quinta-feira, 20, na vicinal Waldyr Canevari, entre São José da Bela Vista e Nuporanga, resultando em 12 mortos.

O diretor do IML interrompeu os trabalhos na unidade do instituto de São Joaquim, para informar que todas vítimas tiveram politraumatismo. "Essas vítimas estão sendo necropiciadas, mas após esse momento de necropiciar, a gente precisa identificar cada um, para ter certeza que aquela pessoa é ela. Isso é feito por uma planilha datiloscópica, que é a impressão digital, essas planilhas são coletadas e enviadas para São Paulo para o IRGD, que é o Instituto de Identificação do Estado de São Paulo. O Estado já está mobilizado, isso chegando lá vai ser priorizado para liberar o mais rápido possível para a família".

A todo momento familiares chegam ao IML e o trabalho deve seguir ao longo da tarde. "É um trauma de grande energia, isso causa grandes ferimentos nas pessoas, então a necropsia em si não é difícil, a parte mais delicada é exatamente a identificação, para a gente ter certeza que aquela pessoa é aquela pessoa. São múltiplas fraturas, todos politraumatizados".

Cardoso informou que a Prefeitura de São Joaquim disponibilizou equipe de psicólogos para as famílias das vítimas. "Gostaria também de agradecer a Prefeitura, que mobilizou psicólogos para dar o acolhimento aos familiares da melhor maneira possível, mais humana possível, neste momento".