
O número de pacientes reclamando da falta de vagas de internação na rede pública de Franca aumentou nos últimos dias. Há relatos de pessoas que, mesmo após o atendimento inicial, aguardaram até quatro dias por um leito.
O caso da entregadora Jéssica Nascimento Barros, 33 anos, espelha a atual realidade na cidade. Ela deu entrada no Pronto-socorro Municipal "Dr. Álvaro Azzuz" na sexta-feira, 14, e sua vaga saiu somente nesta terça-feira, 18.
“Jéssica deu entrada no Álvaro Azzuz devido ao aumento das lesões, realizou um exame que apresentou alterações e sua internação foi solicitada”, disse a irmã da paciente, Gabriela Nascimento Borges, que sofreu um acidente de moto e teve complicações na perna.
Ainda segundo a irmã, havia pelo menos outros dez pacientes em situação semelhante no pronto-socorro na terça-feira.
A Prefeitura de Franca confirmou o aumento da demanda nesta semana: “Nos últimos dias, a Secretaria de Saúde registrou aumento gradativo da demanda”, informou a nota.
48 pacientes
Dados da administração apontam, nesta quarta-feira, 19, um total de 48 pacientes, sendo que 19 já tiveram suas fichas finalizadas pelo Siresp (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo), porém, o sistema regulador ainda não havia liberado os leitos para transferência dos pacientes.
No Álvaro Azzuz, são 24 pacientes regulados aguardando vaga; 4 pacientes finalizados como "Vaga Zero" para transferência e 9 finalizados como "A7" e "A8" (ficha finalizada), aguardando liberação da unidade executora para transferência.
Na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto, são 3 pacientes regulados aguardando vaga; 2 finalizados como "Vaga Zero" para transferência e 3 finalizados como "A7" e "A8", aguardando liberação da unidade executora para transferência.
Já na UPA do Jardim Anita, são 2 pacientes regulados aguardando vaga e 1 paciente finalizado como "Vaga Zero" para transferência.
Estado
Em nota, o Departamento Regional de Saúde de Franca informou que monitora a demanda por leitos e procedimentos e mantém diálogo com hospitais da região para ampliar os serviços. A regulação e distribuição dessas vagas são feitas pela Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) - atual Siresp (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo) - conforme acordo entre a Pasta e os municípios na CIR (Comissão Intergestores Regional).
A Cross atua como intermediária entre as unidades de saúde, auxiliando na busca por vagas em hospitais municipais, estaduais ou filantrópicos. Seu sistema online funciona 24 horas por dia, priorizando casos mais graves e buscando atendimento o mais próximo possível da região do paciente.
Matéria atualizada às 18h12 desta sexta-feira, 21
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Comentários
2 Comentários
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Freitas 21/02/2025A saúde em Franca é ridícula, comparada a cidades próximas do mesmo porte e até menores. Viva o sus
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Darsio 21/02/2025TARCÍSIO DE FREITAS!!!!!! Por qual motivo se esquiva de suas responsabilidades? Onde estão os mais de 10 bilhões que tu tirastes da educação alegando investir na saúde?