O MPF (Ministério Público Federal) recomendou na semana passada a interdição imediata do Parque Ecoturístico "Porto das Canoas", em Igarapava, a 85 km de Franca, após constatar diversas irregularidades ambientais, estruturais e administrativas. O local, que é um ponto de lazer para a população, já foi fechado pela Prefeitura.

Segundo a procuradora da República Helen Ribeiro Abreu, responsável pelo caso, a medida busca "preservar a integridade e a vida humana, a proteção ambiental, bem como possibilitar a preservação do patrimônio histórico".

A recomendação foi emitida após vistoria do MPF no local, que revelou uma série de problemas, incluindo supressão irregular de árvores, rampa para barcos construída fora do projeto aprovado, ausência de pisos intertravados, risco de desabamento em construções antigas e banheiros sem condições de uso.

Além disso, o parque estaria localizado em uma área reconhecida pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como sítio arqueológico.

Outro ponto destacado no documento é a falta de liberação do espaço pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros, além de postes e redes elétricas danificadas, acúmulo de entulhos e presença de animais peçonhentos.

"Os fatos relatados, além de evidenciar mau uso do dinheiro público, apontam para uma questão crítica envolvendo a proteção ambiental, a segurança das pessoas e a preservação do patrimônio arqueológico", afirma o MPF.