O sábado, 8, começou e segue complicado para quem precisa de atendimento médico em Franca. Menos de 48 horas após o sistema informatizado da rede pública de saúde apresentar falhas, ele voltou a ficar inoperante. Como consequência, pacientes de prontos-socorros e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) enfrentam longas esperas e a impossibilidade de obter resultados de exames.

A reportagem do GCN/Sampi Franca visitou três unidades de saúde na tarde deste sábado. Ao contrário do ocorrido na quinta-feira, 6, no NGA (Núcleo de Gestão Assistencial), quando pacientes precisaram voltar para casa sem realizar suas consultas, os atendimentos nas unidades visitadas hoje estavam sendo feitos. Pacientes estavam sendo consultados por médicos e, quando necessário, recebendo medicamentos. No entanto, o tempo de espera aumentou significativamente, já que todos os procedimentos estão sendo feitos manualmente, desde o registro das fichas de entrada até as prescrições médicas.

A comerciante Rita do Carmo, 47, relatou que estava com fortes dores no corpo e de cabeça, e aguardava há mais de duas horas para ser atendida no Pronto Socorro Dr. Álvaro Azuz. A cada minuto que se passava, o fluxo de pacientes crescia.

Na UPA do Jardim Aeroporto, uma grande quantidade de pessoas também aguardava atendimento. Assim como nas demais unidades, as fichas de atendimento estavam sendo preenchidas manualmente, o que prolongava mais o tempo de espera. Camila Garcia, 33, manicure, estava na UPA para retirar um exame, mas foi informada de que não conseguiria o documento devido à falha no sistema. “É muito complicado. Já passamos por isso dias atrás e, agora, de novo. Onde vamos parar? Nós, que somos pobres, teremos que voltar para fazer isso outra hora?", lamentou.

Funcionários das unidades de saúde ouvidos pela reportagem informaram que não sabem quando o sistema será restaurado, mas afirmaram estar fazendo o possível para garantir um atendimento de qualidade, apesar das dificuldades.

A reportagem do GCN/Sampi tentou contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Franca, mas não havia obtido um retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.