
Uma iraniana subiu nua em uma viatura policial e se sentou no para-brisa como protesto contra a repressão às mulheres no país. Imagens da cena, que aconteceu em Mashhad, nordeste do Irã, começaram a ser divulgadas na internet em 2 de fevereiro. Ao contrário do Ocidente, em que é comum ver mulheres nuas, inclusive em protestos, no Irã, as punições variam de aprisionamento a apedrejamento.
Leia mais: Morre iraniana hospitalizada após 'detenção moral' por não usar o véu islâmico
A mulher escalou o capô do carro, ergueu os braços e gritou para os agentes. Mesmo com tentativas de removê-la, a mulher resistiu, enquanto um policial parecia buscar algo dentro do veículo, possivelmente uma arma.
Outro agente tentou convencê-la a descer, mas ela continuou desafiando a polícia, subindo nas luzes da viatura e acenando para motoristas, que responderam com buzinas.
Ainda não há confirmação oficial sobre sua motivação, mas relatos indicam que o ato foi contra o endurecimento das leis de vestimenta para mulheres no Irã.
Segundo a mídia local, um homem que se apresentou como marido da manifestante afirmou que ela foi levada sob custódia. No entanto, autoridades não divulgaram informações sobre seu estado ou possíveis acusações.
O protesto acontece em meio a uma repressão crescente aos direitos das mulheres no Irã. Um novo projeto de lei prevê prisão imediata para mulheres consideradas "nuas, seminuas ou vestidas de forma inadequada" em público, além de restrições como proibição de viajar ou uso de redes sociais por até dois anos.
Desde a morte de Mahsa Amini em 2022, as restrições às mulheres no país se tornaram ainda mais rígidas.
Assista:
Iranian woman’s naked protest shakes the Police!
— Masih Alinejad ????? (@AlinejadMasih) February 2, 2025
This woman in Iran has completely stripped naked in front of security forces, climbing onto a police vehicle in protest.
The footage shows armed security forces trying to prevent bystanders and cars from gathering at the scene.… pic.twitter.com/8iySoklxKE
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.